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Fraudes custaram R$ 34 bi para planos de saúde em 2022

Comportamentos como empréstimo de carteirinha, reembolso duplicado e solicitação excessiva de exames causaram perdas de até 12,7% das receitas dos planos de saúde no Brasil em 2022. Isso totalizou um prejuízo estimado em R$ 34 bilhões, conforme revelado por um relatório lançado recentemente pelo Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS) em colaboração com a consultoria Ernst Young (EY).

De acordo com o estudo, o setor movimentou cerca de R$ 270 bilhões no país no ano anterior. Entre 11,1% e 12,7% desse montante foi afetado por fraudes e desperdícios. Isso representou um prejuízo de até R$ 34 bilhões para as operadoras de planos de saúde.

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imagem: reprodução/ marello.legal

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O levantamento identificou diferentes modalidades de fraudes e desperdícios, classificando-as em um ranking com base no impacto e na frequência. As áreas mais comuns para desperdício incluem consultas (15%), exames (12%), terapias (12%) e internações (12%).

Planos de saúde

Atendendo a 26% da população brasileira, com mais de 50 milhões de clientes, o setor de saúde suplementar registrou uma sinistralidade média de 89% em 2022, conforme constatado no estudo. Essas taxas elevadas de utilização, combinadas com o envelhecimento da população, tornam as fraudes e desperdícios ainda mais impactantes para as operadoras do país.

Cassio Alves, superintendente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), também destaca a melhoria das práticas fraudulentas ao longo dos anos. “Anteriormente, eram crimes isolados, oportunísticos, mas agora há quadrilhas realizando intensas campanhas de marketing digital. Isso demanda uma mudança na forma de combate a essas fraudes”, destaca Alves.

Vera Valente, diretora-executiva da FenaSaúde, aponta a falta de tipificação específica de fraude em saúde como crime como um dos desafios no enfrentamento do problema. Embora os fraudadores possam ser enquadrados em crimes de estelionato e falsificação de documentos privados, não existe uma legislação específica para criminalizar essa conduta.

Apesar das dificuldades, Valente destaca um avanço no cenário. Ela menciona um aprimoramento nas ações de combate às fraudes por parte das operadoras e um maior engajamento dos consumidores, especialmente no aumento das denúncias.

Para Alves, da Abramge, é crucial que o setor continue investindo em ações de conscientização, educação e esclarecimento da população.

“A fraude afeta todos os que possuem plano de saúde, bem como aqueles que desejam tê-lo”, destaca Alves.

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