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Juiz é acusado de violência física e sexual: tudo o que você precisa saber sobre o caso

O juiz Valmir Maurici Júnior, da 5ª Vara Cível de Guarulhos, em São Paulo, foi acusado pela esposa de violência física, sexual e psicológica. Segundo o seu relato, ela conheceu o magistrado em 2020 e aos poucos a relação conjugal começou a ficar violenta.

Ele sempre falou do sexo com força, mas eu não entendia o que era isso. Eu sofri todo tipo de violência com ele. Violência sexual, moral, física, psicológica. Ele usava de vários mecanismos para me deixar confusa. Ele falava: ‘é só dar um tapa’. Eu consegui perceber que saiu do contexto sexual quando eu tava na cozinha, fazendo alguma coisa, ele me dava um tapa na cara, puxava meu cabelo“, relatou a mulher durante uma entrevista.

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Juiz é acusado de violência contra a mulher

A defesa do juiz nega as acusações

Ainda de acordo com os relatos da mulher, ela gravou momentos em que o magistrado dá empurrões, chutes e a xinga. Em um dos vídeos, o juiz dá um tapa na cabeça da esposa.

Em outro vídeo ela mostra um bilhete deixado pelo marido descrevendo várias situações pelas quais ele dizia que ela merecia ser castigada. Ao ser questionada quais tipos de situações ele descrevia no bilhete, ela relatou:

“Não pegar o carrinho grande no supermercado e pegar o pequeno. Então, eu merecia apanhar por aquilo, por eu ter escolhido o carrinho pequeno, quando ele mandou eu pegar o grande. Ele nunca me pedia nada, ele mandava”.

 A mulher procurou as autoridades em dezembro de 2022, e em janeiro de 2023 obteve da justiça paulista uma medida protetiva que impede que o magistrado se aproxime ou mantenha contato com a mulher e com pais e familiares dela. Na mesma decisão, o juiz também foi obrigado a entregar a arma a que tem direito por ser magistrado.

Valmir Junior também registrou um boletim de ocorrência contra a mulher por ela ter levado um cofre da casa do casal, na oportunidade, ele acusou a esposa de furto qualificado. A defesa da mulher alega que a casa também era dela, portanto, não houve crime.

A defesa do magistrado também se manifestou sobre as acusações, e disse que “nega veementemente os fatos que lhe são imputados e repudia com a mesma veemência vazamentos ilegais de processos que correm em segredo de Justiça.”

A Corregedoria Nacional de Justiça também se manifestou sobre o caso e afirmou, na última segunda-feira (27), que foi aberta uma reclamação disciplinar e que irá avaliar se há necessidade de afastar o juiz de suas funções:

“A Corregedoria Nacional de Justiça abriu reclamação disciplinar para avaliar as repercussões administrativas do caso e analisar a necessidade do afastamento do juiz do exercício das funções. Os fatos noticiados pela imprensa correm na esfera criminal. O processo está em segredo de justiça.”

Fonte: G1

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