Marinha quebra o silêncio e promete novas missões de combate ao crime organizado
O vice-almirante Renato Rangel Siqueira, comandante da Área de Operações da Marinha, afirmou que a nova missão da GLO (Garantia da Lei e Ordem) nos portos será diferente das outras. A operação foi iniciada na segunda-feira (6) por ordem do governo federal. 1.900 militares foram mobilizados para a ação e outros recursos estão sendo empregados, como navios-patrulha, embarcações e viaturas blindadas.
“Podemos chamar de uma GLO do Mar, acontece com ênfase no mar e nos portos”, declarou.
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A GLO foi decretada após episódios envolvendo a segurança pública no Rio de Janeiro, fazendo o governador Cláudio Castro pedir ajuda federal. O objetivo da GLO é combater o tráfico de drogas e de armas no Brasil, além de outros crimes.
No início de outubro, operações das polícias civil e militar tiveram como alvo as lideranças do Comando Vermelho.
Atuação da Marinha dentro da GLO
A Marinha irá operar através da operação Lais de Guia. Siqueira explica que a patrulha nos portos já faz parte do trabalho, mas que agora foi autorizada a ampliação das atividades, permitindo o emprego de tropas em ações específicas. Porém, a patrulha da Marinha na Baía de Guanabara não alcançou a costa do Complexo da Maré, comunidade que foi um dos principais focos de operações da polícia em combate ao Comando Vermelho.
“A área de atuação é a Poligonal do Porto Organizado. O que é isso? É uma área delimitada por portaria ministerial que abrange o cais, os armazéns e algumas áreas do espelho d’água. Dentro dessa poligonal, atuaremos para coibir qualquer ilícito que aconteça. Qualquer trânsito que aconteça na Baía de Guanabara passa obrigatoriamente por essa área. Não tem como cruzar a Baía de Guanabara sem passar pela poligonal”, comentou o vice-almirante.
Renato Rangel Siqueira também explicou a decisão de incluir o Porto de Santos na missão ao invés do Porto de Paranaguá (PR). “Temos informações que existe uma interligação entre o crime organizado que atua no Porto de Santos e no Porto do Rio de Janeiro, por onde passa boa parte do comércio marítimo. Por isso, eles estão conectados nessa operação. É o que eu posso informar”.