Massacre em Gaza: Israel intensifica operações enquanto negociações de cessar-fogo avançam
Israel avança com operações genocidas em Gaza mesmo em meio a negociações para cessar-fogo
Os esforços diplomáticos para um cessar-fogo alongado na região de Gaza não detiveram as ações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Na última semana, Netanyahu ordenou a continuidade das operações genocidas, colocando em prova a paciência dos governos árabes e Estados Unidos.
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Preparação para captura de Rafah
Netanyahu encaminhou um “plano combinado” para o exército israelense na sexta-feira passada, com o objetivo de conquistar Rafah. O plano prevê a evacuação dos 1,3 milhões de desabrigados que buscaram refúgio temporário na região. Aparentemente, a primeira fase desse plano já está em andamento.
Ataques a Rafah
Nesta segunda-feira, por volta de 1h49, horário local, as forças israelenses iniciaram uma sequência de ataques a Rafah. A justificativa dada foi a de que estava ocorrendo um “ataque de bombardeio” com o objetivo de resgatar dois reféns. Durante os ataques, quatorze edifícios e três mesquitas foram bombardeados.
De acordo com um relatório preliminar do Ministério da Saúde de Gaza, foram contabilizadas 67 mortes de palestinos. Entretanto, vídeos publicados nas redes sociais indicam um número de vítimas muito maior, chegando a 100.
Reação argentina e pressões sobre o Egito
Os dois reféns resgatados são argentinos e já foram transferidos para Tel Aviv. A operação militar teve reconhecimento do presidente argentino, Javier Milei, que agradeceu o exército de Israel e comemorou a libertação dos reféns.
A ofensiva sobre Rafah coloca o presidente egípcio Al-Sissi numa posição delicada. Ao ameaçar a vida de mais de um milhão de refugiados, Israel tenta pressionar o Egito a abrir as fronteiras para acolher os habitantes de Gaza.
Investigação do Tribunal Penal Internacional
O bombardeio em Rafah fez Karim Khan, procurador do Tribunal Penal Internacional, expressar sua “preocupação” e advertindo que os infratores da lei serão responsabilizados. Khan tem uma investigação em andamento desde 2021, que analisa os crimes alegadamente cometidos desde 2014 nos territórios palestinos ocupados. A investigação inclui o atual massacre em Gaza e lembra que os responsáveis deverão enfrentar a justiça, evidenciando os limites do poder do Tribunal.
Fonte: Rede Internacional
