PF começa a investigar desvio de medicamentos destinados a crianças yanomamis
Operação Yoasi: Polícia Federal investiga suspeitos de lavagem de dinheiro via desvio de medicamentos
A Polícia Federal retomou as investigações com o lançamento da segunda fase da Operação Yoasi, nesta quarta-feira. O foco dessa etapa é a análise do possível envolvimento de novos suspeitos em um esquema de lavagem de dinheiro, obtido por meio do desvio de medicamentos destinados ao povo indígena Yanomami. A ação de hoje foi autorizada pela 4ª Vara da Justiça Federal em Roraima e cumprida na cidade de Boa Vista.
No desenrolar do caso, a primeira fase da operação, que ocorreu em novembro de 2022, denunciou o abandono de mais de 10 mil crianças indígenas que necessitavam de assistência médica. Descobriu-se que cerca de 70% dos medicamentos adquiridos pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y) foram desviados, deixando a população vulnerável.
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O que diz a Polícia Federal sobre o caso do desvio de medicamentos?
De acordo com a Polícia Federal, a continuidade das investigações revelou a participação de outros indivíduos no esquema criminoso. Estes teriam contribuído com “vultuosos aportes” em empresas consideradas suspeitas com o propósito de legalizar os valores ilicitamente apropriados.
Em um comunicado oficial, a Polícia Federal mencionou que um dos principais alvos desta operação, detido em setembro, é suspeito de ter transferido uma soma de 4 milhões de reais para uma das empresas investigadas na Operação Yoasi.
Quais são as consequências para os investigados?
Os envolvidos, se condenados por crimes contra a administração pública, estão sujeitos a penas que podem variar de 2 a 12 anos de prisão, além de multas. Os infratores também poderão responder por crimes de lavagem de dinheiro, passíveis de 3 a 10 anos de encarceramento e aplicação de mais multas.
Fonte: O Antagonista