Membro da equipe de ‘Dahmer’ relata racismo nos bastidores da série
A polêmica série “Dahmer – Um canibal americano” tem repercutido há dias e, em meio da sua viralização, uma assistente de produção que trabalhou na série, chamada Kim Alsup, afirmou em sua conta do Twitter que sofreu racismo no set de filmagens e que foi tratada “horrivelmente”:
“Eu trabalhei neste projeto e eu era uma de duas pessoas negras na equipe e eles ficavam me chamando pelo nome da outra.“
Em seu desabafo, Alsup apontou as diferenças entre ela e a colega de trabalho com quem era “confundida”:
“Nós duas tínhamos tranças. Ela era de pele escura e tinha 1,77 de altura. Eu tenho 1,65. Trabalhar nisso levou tudo o que eu tinha, pois fui tratada horrivelmente, Eu olho para a protagonista negra de forma diferente agora também.“
Kim colocou sua conta na rede social em modo privado desde o ocorrido, porém suas publicações chamaram a atenção da imprensa internacional e, em entrevista ao Los Angeles Times, ela voltou a falar do assunto:
“Eu não quero ter esses tipos de situações de estresse pós-traumático. O próprio trailer me causou traumas, e é por isso que acabei escrevendo aquele tuíte e não achei que alguém fosse ler.“
Assistente sofreu racismo e lida com traumas
Kim afirmou, ainda, que Dahmer foi uma das piores séries em que já trabalhou com uma pessoa negra.
“Eu estava sempre sendo chamada pelo nome de outra pessoa, a única outra garota negra que não se parecia em nada comigo, e aprendi os nomes de 300 figurantes de fundo.
Kim afirmou, também, que o tratamento só melhorou a partir do sexto episódio, que foi escrito por uma mulher negra (Janet Mock) e dirigido por um homem negro (Paris Barclay). A experiência geral, no entanto, foi exaustiva para Kim, em razão do racismo que sofreu
Até o momento, a Netflix não se posicionou quanto às acusações de racismo.
Fonte: Hugo Gloss