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PF reprime crimes financeiros por meio da venda de robôs de investimentos

Nesta quarta-feira, 17 de maio, a Polícia Federal iniciou a Operação Rompot, com o objetivo de aprofundar as investigações sobre crimes financeiros relacionados à venda de robôs de investimento e operações de câmbio não autorizadas.

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A investigação teve início em fevereiro deste ano, após uma denúncia, e foi conduzida por um grupo especializado da Polícia Federal em Campinas, responsável por investigar crimes contra o sistema financeiro. 

Durante a investigação, foi analisado um perfil público em redes sociais que oferecia sistemas automatizados de investimento conhecidos como robôs de investimentos.

Operação Rompot busca investigar uso de robôs de investimento

Esses robôs estavam sendo utilizados em uma plataforma de uma corretora estrangeira para realizar operações financeiras com opções binárias, uma modalidade de investimento de alto risco e não regulamentada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). No entanto, o uso e a comercialização desses robôs estão sujeitos à regulamentação da CVM, o que não era observado pelo perfil investigado. Além disso, o investigado também oferecia uma plataforma de câmbio de moeda sem autorização legal para dar suporte às operações na corretora estrangeira. 

Durante as investigações, foi constatado que ele mudava constantemente de endereço e registrava os veículos de luxo, utilizados em suas publicidades para demonstrar riqueza e poder econômico, em nome de terceiros. Foram encontrados registros de várias pessoas que podem ter sido prejudicadas pelos sistemas oferecidos pelo investigado.

Os crimes investigados contra o mercado de capitais e o sistema financeiro podem resultar em penas máximas de até 12 anos de prisão, além do pagamento de multa equivalente ao dano causado.

Uma entrevista para os órgãos de imprensa interessados está agendada para as 9h30, na sede da Delegacia de Polícia Federal em Campinas, localizada na Rua Antônio Alvares Lobo, 620, Bairro Botafogo, Campinas, SP.

Fonte: Gov

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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