O histórico julgamento dos militares na Argentina em 1985: Uma retrospectiva
No dia 22 de abril de 1985, a Argentina realizou um julgamento sem precedentes na história do século 20, onde os nove líderes das primeiras juntas militares, responsáveis por crimes hediondos durante o golpe de Estado de 1976, foram levados a um tribunal civil. Neste cenário, surge o filme “Argentina, 1985“, dirigido por Santiago Mitre, que retrata esta fase marcante e dramática da história argentina.
Sobre este julgamento, percebemos ser verídico que muitas vezes a verdadeira justiça vem acompanhada de dor e sofrimento. Gemidos de tortura, lamentos de perdas e bravuras coletivas juntamente com o silêncio da morte, misturavam-se no ar durante os depoimentos.

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Qual a relevância desse fato para história Argentina?
Nenhuma nação pode progredir e prosperar de forma saudável sem encarar e resolver suas feridas do passado. O julgamento de 1985 na Argentina é um exemplo disso. Esta dolorosa e complexa jornada de justiça possibilitou à sociedade argentina recém-democrática um primeiro passo para curar as profundas feridas infligidas por uma ditadura militar cruel.
Como foram os depoimentos das testemunhas?
O julgamento contou com a presença de várias testemunhas, incluindo sobreviventes de tortura e familiares de vítimas desaparecidas. Estas testemunhas relataram seus traumas e perseguições em detalhes aterradores, contribuindo de forma significativa para a sentença do tribunal.
O que representou a sentença final para a trajetória do país?
A sentença final, pronunciada pelo promotor Julio Strassera, com a frase célebre “Senhores juízes, nunca mais”, ecoou em toda a nação, simbolizando a virada do país rumo a um futuro de respeito e defesa dos direitos humanos.