STF e CNJ tomam medidas contra executores dos atos de 8 de janeiro

Em um dia de alta tensão, o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento das primeiras ações penais contra responsáveis pelos atos golpistas de 8 de janeiro. No mesmo dia, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu uma reclamação disciplinar contra o desembargador aposentado Sebastião Coelho, que ameaçou previamente prender o Ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Mas a conexão deste desembargador com o caso vai além da ameaça direta ao Ministro. Sebastião Coelho tem como um de seus clientes Aécio Lúcio Costa Pereira, um dos quatro réus que respondem pelos atos do dia 8 de janeiro e que será julgado no STF.

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O julgamento no STF e as possíveis consequências

A ação do STF é um marco importante na busca por justiça em face dos eventos que chocaram o país no início do ano. Este julgamento definirá não apenas o futuro dos réus, mas também será crucial para a percepção do sistema judicial como garantidor do estado de direito.

Qual é o papel do CNJ nesse contexto?

O CNJ, através do corregedor Nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, não se limitou a abrir uma reclamação disciplinar contra Sebastião Coelho. Foi determinada também a quebra do sigilo dos dados bancários do desembargador aposentado, elevando o caso para um novo patamar.

Sebastião Coelho: desembargador aposentado sob suspeita

No texto da decisão que instaura a reclamação, Salomão cita falas antidemocráticas de Coelho, incluindo a ameaça de prisão a Alexandre de Moraes. Sebastião Coelho, em evento no QG do Exército, em Brasília, no dia 20 de novembro do ano passado, declarou: “A solução será prender Alexandre de Moraes! E eu dou base legal para isso”.

Conhecido como desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e do Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF), Coelho agora se encontra sob a mira do STF e do CNJ, não apenas devido suas falas explosivas, mas também pelo potencial envolvimento com financiamento dos atos que, no dia 8 de janeiro, resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

Fonte: Metrópoles