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Entenda de uma vez por todas como funciona o crime organizado no Rio de Janeiro

Paramilitares e Narcomilícias: a ascensão do crime organizado no Rio de Janeiro

Os primórdios da história das milícias na Zona Oeste do Rio de Janeiro, especificamente em Rio das Pedras, datam do final da década de 1980. O primeiro grupo paramilitar surgiu com a intenção de “proteger” o cidadão da agressão do tráfico de drogas, de forma que até o consumo de drogas era proibido nessas áreas. Logo após, na década de 2000, surgia a Liga da Justiça, com forma semelhante à de Rio das Pedras.

Com o passar dos tempos, ex-rivais agora são aliados e implementam narcomilícias em diferentes regiões. Tais alianças têm como objetivo principal a conquista de territórios, levando, por vezes, a tiroteios que deixam comunidades acuadas. Atualmente, a linha entre milicianos e traficantes tornou-se fina: ambos cobram taxas, controlam serviços, lucram com a venda de drogas e criam um ambiente de terror.

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Imagem: Época

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Como funcionam as ações de milicianos e traficantes?

A estrutura do tráfico no Rio de Janeiro começou a ser elaborada no final da década de 1970 e cresceu durante os anos 80. Isso resultou na configuração de um ponto estratégico na rota de distribuição de cocaína para a Europa. No mesmo período, surgiram, dentro de presídios, facções criminosas. Com origem nos detentos comuns, estes grupos se uniram a presos políticos para combater organizações que dominavam as prisões e cobravam pedágios pela “segurança” nas celas.

Quando surgiram as milícias e facções do tráfico no Rio de Janeiro?

Os criminosos comuns aprenderam as técnicas de organização e guerrilha dos militantes políticos e perceberam que o negócio de drogas era mais lucrativo do que os assaltos. De rachas e desavenças, surgiram as facções fortemente hierarquizadas e com chefias bem definidas.

Os vários lados do crime no Rio de Janeiro

Existem vários grupos ou facções operando atualmente no Rio de Janeiro. O mais poderoso, Comando Vermelho (CV), domina vastas áreas nas zonas Sul e Norte e tem ramificações por todo o Brasil. Outros grupos importantes incluem o Terceiro Comando Puro (TCP), a facção Amigos dos Amigos (ADA) e diversas milícias que operam principalmente na Zona Oeste.

E as milícias?

As milícias surgiram nos anos 2000 em resposta ao tráfico de drogas. Inicialmente, ofereciam “segurança” aos moradores das comunidades, opondo-se agressivamente ao tráfico. No entanto, essa “taxa de proteção” rapidamente se transformou em exploração, com paramilitares monopolizando serviços de internet clandestina e de distribuição de água e gás, obrigando, inclusive, motoristas de vans a pagar pedágios.

Compreender a complexidade do crime organizado no Rio de Janeiro exige um olhar detalhado sobre a dinâmica desses grupos, sua evolução histórica e as complexas relações de poder que os ligam. Mesmo enfrentando intensas operações policiais e enfrentando conflitos internos, milícias e gangues de tráfico continuam a encontrar maneiras de prosperar e aterrorizar comunidades.

Fonte: G1

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