Fernandinho Beira-Mar retorna ao presídio de Catanduvas em estratégia contra crime organizado
Fernandinho Beira-Mar volta ao presídio de Catanduvas em nova estratégia do Ministério da Justiça
Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como Fernandinho Beira-Mar, um dos principais líderes da organização criminosa Comando Vermelho, foi transferido do presídio federal de Mossoró para a Penitenciária Federal de Catanduvas. De acordo com informações do Ministério da Justiça, a transferência tem como objetivo “garantir o enfraquecimento das lideranças do crime organizado”.
Fernandinho Beira-Mar é amplamente conhecido no ambiente do crime organizado. Suas atividades criminosas começaram por volta da década de 1990, quando estabeleceu uma vasta rede de distribuição de drogas no Rio de Janeiro e passou a controlar diversos pontos de venda nos morros cariocas.
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Trilhando um caminho criminoso
Após anos atuando no tráfico de drogas, Beira-Mar começou a colecionar condenações, entre elas, assassinatos e tráfico de drogas que acumulam mais de 300 anos de prisão. O narcotraficante permaneceu foragido de 1990 a 1996, quando foi capturado em Belo Horizonte com quatro quilos de cocaína. Dois anos mais tarde, conseguiu escapar da prisão e ficou foragido por mais seis anos, residindo em países como Paraguai, Uruguai, Bolívia e Colômbia.
Livramento internacional e as condenações
Em 2001, uma Força-Tarefa conseguiu capturar Beira-Mar na selva da Colômbia. Em 2002 ele foi condenado por ordenar a morte de quatro traficantes durante rebelião no presídio Bangu 1, um total de 120 anos de prisão.
Reincidente na prisão federal de Catanduvas
Presidiário mais perigoso do Brasil, Fernandinho Beira-Mar transferido em 2006 inaugura o presídio de Catanduvas, no Paraná. Agora, quase 20 anos mais tarde, ele retorna ao mesmo presídio. Em nota o Ministério da Justiça nega que essa ação tenha relação com a recente fuga prisional em janeiro, onde foragidos continuam sem ser capturados.
Nota do Ministério da Justiça
“Brasília, 04/03/2023 – A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), por intermédio da Diretoria do Sistema Penitenciário Federal (DISPF), realizou, entre os dias 1º e 3 de março, o rodízio periódico de 23 presos entre as Penitenciárias Federais, com a finalidade de garantir o enfraquecimento das lideranças do crime organizado.”