Escândalo: ex-vereador Gabriel Monteiro é condenado a pagar indenização de R$ 20 mil

Bruna Sepúlveda Borges4 de julho de 2023

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A justiça do Rio de Janeiro condenou o ex-vereador Gabriel Monteiro a indenizar em R$ 20 mil um médico e fisioterapeuta por danos morais. A decisão foi proferida pela 22ª vara cível. A condenação refere-se ao ato cometido por Gabriel no dia 3 de novembro de 2021, quando ele e sua equipe visitaram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Senador Camará, para uma suposta fiscalização.

Durante os vídeos, o ex-vereador acusa os profissionais de não estarem trabalhando e chegou a dar voz de prisão para eles. Ocorre que, no momento em que Gabriel Monteiro chegou na Unidade de Saúde os profissionais estavam em seu horário de descanso.

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Gabriel Monteiro é processado por médico e fisioterapeuta

Após o ocorrido, os profissionais da saúde processaram o ex-parlamentar carioca alegando que ele agiu de forma sensacionalista, agressiva e ofensiva. Destacando ainda que o artigo 8º da Lei 3.966/1961 permite o repouso de médicos plantonistas após certo tempo de trabalho.

A defesa de Gabriel, por sua vez, sustentou que agiu nas suas prerrogativas de parlamentar e que o repouso dos médicos só pode ocorrer quando não houver pacientes esperando atendimento.

Ao analisar o caso, o juiz Luiz Eduardo de Castro Neves entendeu:

“É evidente o desrespeito e humilhação impostos ao autor, retratado nos vídeos produzidos pelo réu como um médico desidioso, que não cumpre seus deveres funcionais, na atividade pública que desempenha, o que resulta em indevido abalo a sua imagem.”

O magistrado destacou ainda que Gabriel Monteiro agiu com abuso de poder e sem conhecer a dinâmica de um hospital e dos plantões médicos. Por fim, o julgador entendeu que a gravidade do fato é aumentada tendo em vista se tratar de um então agente público.

A perda do cargo de Gabriel Monteiro

A Câmara Municipal do Rio cassou o mandado do vereador em agosto de 2022, depois que os parlamentares entenderem que ele faltou com o decoro e a ética em razão das denúncias de estupro, assédio sexual e assédio moral, além do uso do cargo para alavancar seu canal no YouTube. Gabriel Monteiro segue preso preventivamente acusado de crimes sexuais.