Interpol: A busca por identidade das vítimas de crimes violentos na Alemanha

A Alemanha tem realizado esforços em busca de pistas para identificar mulheres vítimas de crimes violentos, algumas ainda sem identificação há décadas. Identificações incompletas ou ausentes continuam a envolver inúmeros casos de mulheres cruelmente assassinadas e incendiadas. Um destes casos se passa na floresta próxima de Hagen, e ainda outro envolve um esqueleto encontrado perto de Colônia. A identidade de todas essas vítimas permanece desconhecida. O mistério é compartilhado com uma vítima feminina encontrada numa marina de Weser, na cidade portuária de Bremen.

Para algumas dessas vítimas, seus nomes são mantidos em sigilo e seus assassinos ainda não foram levados à justiça. O Departamento Federal de Investigação Criminal da Alemanha (BKA) está trabalhando para mudar esse status quo com a ajuda da Interpol e as polícias da Holanda e da Bélgica. A operação intitulada “Identify Me” (Identifique-me) pretende aumentar a conscientização pública e a busca por pista que possam identificar estas mulheres e condenar os culpados por seus assassinatos.

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Os esforços para solucionar casos sem solução

Na Alemanha, o programa de televisão Aktenzeichen XY dispõe de seu espaço para apresentar os seis casos de vítimas femininas encontradas no país. Com o passar do tempo, as pistas estão surgindo e, a partir do lançamento da campanha, mais de 500 mensagens foram recebidas com informações potencialmente valiosas. Tudo isso fez a Interpol perceber que tais casos podem ter antecedentes internacionais – tráfico humano ou vítimas de outros países podem estar entre as possíveis explicações.

Por que identificar as vítimas é tão importante?

Ser capaz de identificar as vítimas é a peça chave para condenar os responsáveis pelos crimes. Casos antigos finalmente solucionados são o resultado da combinação de dicas valiosas vindas das campanhas e o avanço da tecnologia com técnicas, como a análise de DNA, para finalmente selecionar informações valiosas. É através da identificação das vítimas que é possível traçar um perfil completo do autor do crime: onde a mulher realmente vinha, onde ela pode ter estado na hora do crime, em que ambiente vivia e trabalhava.

Como a Interpol está auxiliando nesta missão?

As novas possibilidades tecnológicas têm sido cruciais para resolver esses “casos arquivados”. Na campanha “Identify Me”, as vítimas da Alemanha, por exemplo, finalmente obtiveram uma representação facial através da chamada reconstrução de tecidos moles faciais feita em institutos altamente especializados. Dessa forma, o público agora tem a chance de “visualizar” e, quem sabe, reconhecer as vítimas.

Em conclusão, a missão que a Alemanha junto com as polícias da Holanda e da Bélgica e o apoio da Interpol buscam é esclarecer a identidade das vítimas de crimes violentos. Reconhecimentos e descobertas como essas são esperançosas para manter a busca em andamento. Com esforço e tecnologia, os responsáveis por esses crimes hediondos eventualmente serão levados à justiça.