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Jovem que salvou namorada de estupro diz que ‘arrebentou’ o suspeito

No sábado, 20 de agosto, um jovem salvou a própria namorada de uma tentativa de estupro, após ter recebido mensagens de socorro enviadas por ela, via WhatsApp. Ele entrou em luta corporal com o suspeito para conseguir libertar a companheira. Ele afirmou que temeu pelo pior, mas que “arrebentou” o sujeito pelo crime que estava cometendo com a garota.

Como ocorreu a tentativa de estupro?

A tentativa de estupro teria ocorrido dentro banheiro do Parque Anilinas, em Cubatão (SP). O jovem teria ido resgatar a namorada após a mensagem e disse ter ficado muito apreensivo com o possível ocorrido.

estupro
Imagem: G1

“Sempre penso no pior, nunca no melhor. Neste caso, principalmente pelo horário e ambiente que ela estava, não foi diferente. A primeira atitude que tive foi correr o mais rápido possível para encontrá-la”.

Chegando no local, a namorada estava segurando o batente da porta do banheiro com as mãos e gritando por socorro. O suspeito, segundo ele, respondia que ela “queria” aquela situação. O jovem conta que a situação mexeu muito com ele, e que a primeira coisa que pensou foi em agredi-lo, pois estava defendendo alguém que ama. 

“Espero que prendam esse cara para que não aconteça mais com nenhuma mulher. Mas do jeito que eu o arrebentei, acho que não vai mais pensar nisso, nunca mais na vida. O que mais importa é que ela foi salva”.

O suspeito teria fugido após a luta corporal, momento em que o casal chamou a Polícia Militar (PM) e foi até a delegacia registrar um boletim de ocorrência (BO), mas o criminoso não foi localizado.

O crime de estupro está previsto no art. 213 do Código Penal

Art. 213.  Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:       

Pena – reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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