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MPRJ denuncia ‘Faraó dos bitcoins’ por lavagem de dinheiro

Nesta sexta-feira, 19 de agosto, o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual (MPRJ) denunciou Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”, por lavagem de dinheiro.

Também foi denunciado um vereador, Lorram Gomes da Silveira, de Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.

O vereador foi alvo da operação Cryptolavagem, que encontrou na casa dele, em Búzios, R$ 48 mil em dinheiro vivo.

lavagem de dinheiro.
Imagem: Jusbrasil

A operação foi considerada encerrada pouco antes das 11h, fechando com a apreensão dos quase R$ 50 mil em espécie na casa de Lorram e, segundo o MP, a Justiça também decretou a indisponibilidade de bens dos alvos. O MP também mirou na ação desta sexta um homem chamado Carlos Alexandre da Silva, que estaria envolvido no esquema.

Lorram e Carlos tiveram cerca de R$1,4 milhões bloqueados pela justiça, enquanto Glaidson cerca de R$ 486 mil de Glaidson.

A operação Cryptolavagem: crime de lavagem de dinheiro

O Ministério Público informou que desarticulou uma quadrilha chefiada pelo vereador junto com outros servidores da prefeitura. Carlos e o “Faraó dos Bitcoins” seriam intermediários de um esquema realizado por Lorram, de ocultação da origem ilegal de valores cobrados pela venda de alvarás em Búzios com investimentos em criptoativos.

O crime de lavagem de dinheiro está previsto na Lei 9.613/98.

Lorram já havia sido acusado do crime de organização criminosa, previsto na Lei 12.850/13, uso de documento falso, art. 304, do Código Penal, e estelionato, art. 171 do Código Penal.

Ele está no terceiro mandato como vereador de Búzios, função que ocupou também entre 2009 e 2016.

Segundo o MP, os crimes teriam ocorrido enquanto Lorram era chefe de gabinete do então prefeito André Granado, entre novembro de 2018 e maio de 2019.

A 1ª Vara Especializada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento de Lorram das funções públicas.

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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