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Crime organizado: mais de 30 chefes do PCC deixaram a prisão pela porta da frente

Estratégias de chefes do PCC

Às vésperas de uma iminente sentença de 47 anos de prisão, Rogério Jeremias de Simone, conhecido como Gegê do Mangue e considerado o terceiro na hierarquia do PCC, surpreendeu ao deixar uma penitenciária de segurança máxima em São Paulo. Este evento levanta questões sobre as decisões judiciais que possibilitaram a liberação de mais de 30 membros significativos do PCC ao longo de sete anos.

O caso André do rap

Em outubro de 2020, o ministro Marco Aurélio Mello do STF ordenou a libertação de André de Oliveira Macedo, o André do Rap, do PCC.

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O narcotraficante, preso em 2019, foi liberado com base na interpretação de que o período de prisão preventiva ultrapassara o limite legal. Essa decisão foi posteriormente revertida, mas André do Rap desapareceu antes que as autoridades pudessem agir.

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Imagem: Reprodução/TV Globo

Polêmicas na decisão judicial

Diversos casos de soltura de membros do PCC têm gerado polêmicas nos últimos anos. Marco Aurélio Mello também liberou outros quatro criminosos da facção, alegando o excesso de tempo entre a prisão e a condenação definitiva. Essas decisões têm sido criticadas por setores da polícia, levantando preocupações sobre o sistema judicial.

Atuação recente do judiciário 

Entre 2019 e 2022, durante o governo Bolsonaro, a maioria esmagadora (81,2%) das 32 solturas de líderes do PCC ocorreram. Especialistas apontam a falta de ações concretas do governo no combate ao crime organizado, contrariando o discurso de “lei e ordem”. Medidas relacionadas à flexibilização do estatuto do desarmamento são mencionadas como indiretamente fortalecedoras do crime organizado.

Respostas do sistema judiciário e Ministério Público

O Tribunal de Justiça de SP destaca a independência funcional dos juízes, que decidem caso a caso com base nos critérios legais, afirmando não poder interferir em suas decisões.

O Ministério Público de São Paulo, desde 2017, não fornece informações sobre suas ações para combater o crime organizado e evitar a soltura indevida de presos perigosos.

O combate ao crime organizado e as ações governamentais

Enquanto críticas são direcionadas ao governo Bolsonaro, o governo Lula menciona a implementação de ações como o Enfoc (Plano de Enfrentamento às Organizações Criminosas) e o Amas (Programa Amazônia, Segurança e Soberania). O Ministério da Justiça e Segurança Pública não forneceu informações sobre as medidas adotadas para combater o crime organizado.

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