Sequestro do menino Ives Ota PAROU o Brasil no fim dos anos 1990; relembre o caso
Menino raptado em 1997 choca o Brasil com detalhes sórdidos do crime
O sequestro e assassinato do pequeno Ives Yoshiaki Ota, de apenas 8 anos, em 1997, foi um acontecimento que abalou o Brasil e chamou a atenção da imprensa internacional. O caso envolveu traição, ambição e a brutalidade de criminosos que trabalhavam com o próprio pai da vítima.
O menino foi raptado de sua casa, na zona leste de São Paulo, e mantido em cativeiro por pessoas que trabalhavam com seu pai, Masataka Ota, um empresário pioneiro das famosas lojas de R$1,99. Os sequestradores exigiram um resgate de 800 mil dólares, mas a tragédia já estava consumada e a vida de Ives não pôde ser salva.
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Motivação e desenrolar do crime
A motivação por trás do crime estava ligada ao crescimento nos lucros das lojas de Masataka, que chamou a atenção de Paulo Tarso Dantas, segurança em um dos estabelecimentos e peça-chave no enredo do sequestro. Adelino Donizete Esteves, o motoboy que tocou a campainha da casa dos Ota, também estava envolvido no esquema, tendo sido o responsável por render a babá e levar o menino.
No desenrolar das investigações, foi descoberto que Ives havia sido morto antes mesmo do primeiro pedido de resgate ser feito. As buscas pelo pequeno contaram com a colaboração de Adelino, que após ser capturado, revelou a participação de Paulo Tarso no crime e o local onde o corpo do menino estava escondido.
Investigação e desfecho
A Divisão Antissequestro de São Paulo, liderada pelo delegado Marcos Carneiro, investigou o caso e conseguiu localizar o orelhão onde as ligações foram realizadas e descobrir o envolvimento de Adelino e Paulo Tarso. Ao encontrar o corpo de Ives, a polícia esclareceu a brutalidade do crime: o menino havia sido sedado e executado com dois tiros fatais no rosto.
Julgamento dos criminosos
O julgamento dos envolvidos aconteceu em junho de 1998. Adelino Donizete Esteves, Paulo Tarso Dantas e Sérgio Eduardo Pereira de Souza, também Policial Militar e envolvido no esquema, foram condenados por sequestro, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. As penas variaram entre 35 e 45 anos de prisão, sendo cumpridas em regime semiaberto desde 2005.
Legado do caso
O caso do sequestro e assassinato de Ives Yoshiaki Ota marcou profundamente o Brasil pela crueldade e frieza dos criminosos envolvidos. A luta dos pais da vítima e do delegado que liderou as investigações, Marcos Carneiro, foram fundamentais para a elucidação do crime e a punição dos responsáveis. Até hoje, a tragédia permanece como um lembrete da importância da atenção às ameaças e da luta constante por justiça e segurança.