STF liberta Ivan Rejane: Entenda o caso

O início de 2023 tem um novo capítulo na disputa entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e os apoiadores bolsonaristas. Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, nome ligado ao bolsonarismo, recebeu liberdade provisória concedida pelo Ministro Alexandre de Moraes. O indivíduo estava preso desde julho de 2022 por ter feito ameaças verbais ao ex-presidente Lula e aos ministros do STF.

Moraes, em sua determinação, impôs condições rigorosas para o cumprimento da liberdade provisória a Ivan. Este deverá portar uma tornozeleira eletrônica, se apresentar semanalmente ao Instituto de Execução Penal, além de estar proibido de sair do país, manusear qualquer tipo de arma e acessar as redes sociais.

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Quem é Ivan Rejane Fonte Boa Pinto?

Também conhecido como Ivan Papo Reto, ele é um ex-candidato à vereador em Belo Horizonte pelo PSL (atual União Brasil) durante as eleições municipais de 2020. Com apenas 189 votos, Ivan não conseguiu se eleger. Pouco antes de sua recente prisão, Ivan desafiou Moraes por vídeos nas redes sociais, retroalimentando a tensão entre o STF e o setor da população alinhado ao bolsonarismo.

Ivan Rejane Fonte Boa Pinto desafia ministro do STF

As ofensas e ameaças, contidas em vídeos e mensagens, ao ex-presidente Lula, à presidente do PT Gleisi Hoffmann, ao deputado federal Marcelo Freixo e aos ministros do STF motivaram a prisão de Ivan. Em um desses registros, ele chega a desafiar Moraes a prendê-lo. Algumas horas após a declaração, Ivan foi detido.

Da análise de material divulgado pelo bolsonarista nas redes sociais e de suas interações com apoiadores em aplicativos de mensagens, a Polícia Federal obteve indícios que levaram à conversão da sua prisão temporária em preventiva, sem tempo determinado de duração, em agosto de 2022. Ivan Pinto foi acusado de integrar uma organização criminosa voltada a atentar contra o Estado Democrático de Direito.

O plano de Ivan e os riscos para a democracia

As investigações da Polícia Federal levantaram suspeitas de que Ivan incentivava seus seguidores a uma “luta armada” contra a esquerda e instituições democráticas, a partir de mensagens de cunho violento que foram encontradas em seu celular. Algumas dessas correspondências davam conta de um suposto atentado a bomba no Distrito Federal.

A PF também registrou em suas diligências que Ivan falava em “guerra” e que pessoas “vão morrer de ambos os lados”.

Fonte: Revista Fórum