Suspeita de matar ex-sogro e mãe já foi denunciada por crimes praticados em vários Estados; entenda o caso
A advogada Amanda Partata Mortoza, de 31 anos, suspeita de ter envenenado o ex-sogro e a mãe dele em Goiânia, enfrenta acusações por diversos crimes em Goiás e em outros estados do Brasil, incluindo o Rio de Janeiro.
Em Itumbiara, onde reside, há três denúncias contra Amanda, abrangendo desde aliciamento de menores, entre 10 e 16 anos, para atividades sexuais e consumo de álcool, até casos de estelionato. O delegado Carlos Alfama compartilhou essas informações durante uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (21).
Leia mais:
“Ela atuou como estagiária de psicologia em uma escola, aliciando crianças e adolescentes a práticas sexuais na presença dela. Há denúncias de estelionato, onde ela fingiu estar grávida para tirar proveito financeiro das vítimas. E já solicitamos os crimes praticados em outros estados e estamos aguardando”, detalhou o investigador.
Carlos ainda revelou que Amanda fingiu uma gestação de 17 semanas, uma farsa confirmada por exames realizados pela Polícia Civil. Esta não foi a primeira vez que ela fingiu uma gravidez para obter ganhos financeiros de ex-parceiros.
“Há denúncias de crimes de estelionato, onde a Amanda fingiu a gestação para tirar proveito financeiro. Depois da divulgação desse crime, surgiram diversas denúncias envolvendo práticas criminosas da suspeita. Uma delas é de ela disseminar notícias falsas de um órgão onde ela trabalhou”, acrescentou.
Falsa psicóloga
O delegado também mencionou que Amanda exercia ilegalmente a profissão de psicóloga, sem registro no Conselho Regional de Psicologia de Goiás. No entanto, ela é formada em Direito pela Universidade Luterana do Brasil e tem registro ativo na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Itumbiara.
Atualmente, Amanda está detida em uma unidade prisional da DGAP de Goiás. No momento da prisão, ela estava internada em uma clínica psiquiátrica em Goiânia, após tentativa de suicídio.
Homicídio do ex-sogro e mãe
Amanda foi presa na quarta-feira (20) e, diante dos jornalistas na Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), alegou inocência. Segundo as investigações, ela teria colocado veneno em um lanche durante um café da manhã em família no último domingo (17). As vítimas, Pereira Alves, de 58 anos, e sua mãe, Luzia Tereza Alves, de 86 anos, foram hospitalizadas após dores abdominais e vômitos, mas não resistiram.