Traficantes de outros estados alvos de operações levavam vida de luxo no Rio, incluindo um com cão “armado”
Leonardo Costa Araújo, conhecido como Leo 41, era o líder do tráfico de drogas no estado do Pará e foi morto durante uma operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. Ele foi um dos responsáveis por uma série de ataques que resultaram na morte de vários agentes de segurança pública desde 2021, no Norte do Brasil.
A quadrilha de traficantes liderada por Leo 41 também está envolvida na guerra que ocorre em comunidades da Zona Oeste do Rio de Janeiro e é responsável pelo assalto ao Village Mall, na Barra da Tijuca, no qual um segurança foi morto.
De acordo com as investigações, o traficante de 37 anos, conhecido como Leo 41, estava em fuga desde 2019 e teria assumido a liderança de uma facção no Pará após a prisão de Claudio Augusto Andrade, também conhecido como Claudinho do Buraco Fundo, em setembro de 2020.
Através de suas conexões nas comunidades do Grande Rio, ele teria coordenado um esquema para expandir a organização criminosa, envolvendo a compra de armas e munições, financiadas por meio do tráfico de drogas, roubos, extorsões, sequestros e cobranças mensais de membros da facção.
O traficante desfrutou de um estilo de vida luxuoso nos morros da cidade, financiado por suas atividades criminosas
Desde que assumiu o controle do território, o traficante desfrutou de um estilo de vida luxuoso nos morros da cidade, financiado por suas atividades criminosas e pela organização criminosa em si, que sob sua liderança aumentou significativamente a arrecadação de dinheiro proveniente do tráfico de drogas, extorsão de comerciantes, jogos de azar e provedores de internet.
Leo 41 já foi acusado de seis crimes, incluindo roubo seguido de morte, e é suspeito de ter envolvimento em outros 15 casos.
A operação policial resultou em pelo menos 13 traficantes mortos, além de relatos de vários feridos e intensos tiroteios.
Para apoiar a ação, a polícia mobilizou cinco veículos blindados e dois helicópteros, além de 80 agentes da Subsecretaria de Inteligência (RJ), do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil e agentes policiais do Pará.
As autoridades policiais também estão em busca de outros líderes do Comando Vermelho do Rio de Janeiro.
Fonte: G1