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Você não vai acreditar em quantos brasileiros foram mortos na Guerra da Ucrânia

Os brasileiros viajaram para a Ucrânia com o objetivo de contribuir de alguma forma para o conflito

Quatro cidadãos brasileiros perderam a vida no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que persiste há quase um ano e meio. O incidente mais recente envolveu o paranaense Antônio Hashitani, de 25 anos, morto durante um confronto em Bakhmut, em território ucraniano. Embora o Brasil não tenha enviado nenhuma força militar oficial, há brasileiros que viajaram para a Ucrânia com o objetivo de contribuir de alguma forma para o conflito. A maioria faz parte da Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia, um grupo paramilitar de estrangeiros organizado pelo governo ucraniano para participar da guerra.

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Segundo o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR), cerca de 9.000 pessoas perderam a vida na Ucrânia desde o início do conflito em fevereiro de 2022, até o final de julho deste ano. O estudante de medicina do Paraná, Antônio Hashitani, morreu tragicamente em combate em Bakhmut, na Ucrânia, na quinta-feira, dia 3 de agosto.

Ele estudava na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), em Curitiba, mas optou por suspender os estudos no terceiro ano para se dedicar a ações humanitárias. Seu envolvimento na Ucrânia foi no âmbito de um grupo paramilitar. Com forte comprometimento com causas humanitárias, Antônio já havia participado de iniciativas na África.

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Fonte: G1 – Globo

André Luis Hack Bahi foi o primeiro brasileiro confirmado pelo Itamaraty como morto na Ucrânia

No dia 4 de junho de 2022, André Luis Hack Bahi, gaúcho, perdeu a vida na nação europeia. Ele foi o primeiro brasileiro confirmado pelo Itamaraty como morto no conflito. André fazia parte da Legião de Defesa Territorial Internacional da Ucrânia e supostamente sacrificou sua própria segurança durante um fogo cruzado para salvar dois outros combatentes. Ele tinha sete filhos e era separado da esposa, com quem morava em Quixadá, Sertão Central do Ceará, antes de ser enviado para a Ucrânia.

Douglas Rodrigues Búrigo, que chegou ao país vindo do interior do Rio Grande do Sul, perdeu a vida em julho de 2022, apenas dois meses após sua chegada. Ele estava colaborando com o exército ucraniano em Kharkiv quando a região sofreu um ataque aéreo que tirou sua vida. Inicialmente, Douglas partiu com a intenção de engajar-se em atividades humanitárias.

Seu objetivo principal ao chegar lá era oferecer auxílio humanitário, já que seu desejo era contribuir para ajudar os necessitados. Porém, acabou sendo enviado diretamente para a linha de frente, enfrentando situações muito complicadas e perigosas, o que foi além do que ele esperava, conforme compartilhado pela sua família.

Os familiares relatam que, na Ucrânia, seu corpo foi cremado, e somente em setembro de 2022, mais de dois meses após seu falecimento, as cinzas foram enviadas para o Brasil. Uma cerimônia de despedida foi realizada em 20 de setembro, durante o feriado da Revolução Farroupilha. Durante esse evento, uma urna contendo as cinzas de Douglas foi transportada por cavaleiros em São José dos Ausentes. Além disso, uma cerimônia de despedida ocorreu na Igreja Matriz da cidade.

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Fonte: CNN Brasil

Thalita do Valle também perdeu a vida em julho de 2022, em Kharkiv, Ucrânia. Ela sofreu asfixia devido a um incêndio que ocorreu no abrigo onde se refugiava. Ela havia chegado ao país apenas três semanas antes. Thalita estava vinculada à Legião Estrangeira Ucraniana, uma unidade militar composta por voluntários, onde trabalhava como socorrista. No Brasil, ela participou do resgate de vítimas em Mariana (MG), em 2015, e também em Brumadinho (MG), em 2019. Seu corpo retornou ao Brasil após oito meses do falecimento, e a família diz que as lesões apresentadas não coincidiram com os laudos médicos.

“Ela não era do Exército, chegou a fazer escola militar, mas não seguiu. Na função de socorrista, dentro do contexto da guerra, é natural aprender a manipular armamentos. Ela se tornou atiradora de precisão (sniper), e não de elite, por conta da própria função de socorrista. Todo socorrista observa a progressão e faz função de cobertura”, explicou o irmão Theo Rodrigo Vieira.

Fonte: Notícias Paralelas noTwitter

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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