Homem que torturou namorada por três dias estava em regime semiaberto
O homem acusado de praticar os crimes de cárcere privado e tortura contra a namorada durante três dias havia sido beneficiado pelo regime semiaberto. O suspeito chegou a ser condenado a 10 anos de reclusão pelos crimes de tráfico de drogas e corrupção ativa, mas foi absolvido em segunda instância do crime de tráfico por insuficiência de provas, momento em que a pena foi abrandada e o regime de cumprimento passou a ser o semiaberto.
Segundo os autos processuais, o rapaz foi preso em flagrante por associação para o tráfico no ano de 2017, em Copacabana (RJ), na posse de 2,16g de cocaína em pó distribuídos em 09 tubos plásticos e 137,55g de maconha distribuídos em 37 trouxinhas, além de 19 comprimidos de Pramil, uma balança digital de precisão, certa quantia em dinheiro e munições calibre 12. Policiais militares que participaram da ocorrência afirmaram ainda que o indiciado lhes ofereceu dinheiro para não ser preso.
A decisão, no entanto, foi modificada em fevereiro deste ano pela 5ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro, quando o desembargador Paulo de Oliveira Lanzillotta Baldez acolheu um recurso da defesa de Fred que alegou a insuficiência probatória para o crime de tráfico ilícito de entorpecentes.
A delegada responsável pelo caso informou ainda que a ficha criminal do suspeito conta com a prática de outros delitos, tais como lesão corporal contra os avós, roubo, violência doméstica e desacato.
A autoridade policial declarou por fim que o acusado também será indiciado por maus tratos a animais, pois no mesmo apartamento em que a vítima foi mantida em cárcere e torturada por três dias, foi encontrada uma cadela da raça pitbull de nove meses desnutrida, com sana e sinais de agressão.
A ex-namorada vítima das agressões alegou sobre o fato:
Ele sempre foi agressivo com ela, batia com o soco-inglês, falava que ela não sentia nada. Era horrível. Eu que levava as coisas para ela: comprei potinhos, ela roeu. Depois levei os de ferro, mas ele não dava as coisas para ela direito. Ela bebia água da privada.
Apesar das marcas de agressões, o animal foi dócil durante o resgate e foi adotado por um dos policiais militares que o resgatou.
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