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Médico ginecologista recebe sentença de 277 anos de prisão por estuprar 21 mulheres

O médico ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais recebeu uma sentença de 277 anos de prisão por estuprar 21 mulheres na cidade de Anápolis, em Goiás. Ele foi condenado em dois processos diferentes e também foi ordenado a pagar uma indenização de R$ 100 mil por danos morais para cada uma das vítimas. Nicodemos será encarcerado em regime fechado. A defesa do médico planeja apelar da decisão.

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De acordo com o que foi apresentado ao tribunal, o médico tocava as partes íntimas das pacientes de maneira prolongada e inapropriada, além de fazer comentários de teor sexual sobre suas vidas. Algumas pessoas também relataram que o acusado tirava fotos das suas partes íntimas. Esses comportamentos suspeitos levaram as vítimas a procurar a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Anápolis.

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Fonte: G1- Globo

A juíza questionou o exame minucioso realizado pelo médico, considerando-o uma prática lasciva disfarçada de técnica médica

A juíza Lígia Nunes, ao proferir a sentença, questionou o exame minucioso realizado pelo médico, considerando-o uma prática lasciva disfarçada de técnica médica. O réu denominava essa forma de exame como “técnica de anamnese mais completa”.

Durante sua decisão, a juiza revela informações sobre os casos de crimes sexuais em andamento no sistema judiciário de Goiás. Com base nos dados fornecidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a juíza revelou que, somente em 2022, houve o registro de 1492 processos relacionados a esses tipos de crime na Justiça do estado.

Nicodemos encontra-se detido desde 8 de outubro de 2021 e foi acusado pela Polícia Civil (PC) por violação de vulnerabilidade, violação sexual por meio de fraude e assédio sexual. Segundo informações dos policiais, até o ano de 2022, já foram recebidas mais de 50 denúncias contra o acusado. Em abril de 2022, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) condenou o réu a uma pena de 35 anos e 11 meses de prisão, inicialmente em regime fechado. Além disso, foi estabelecida uma multa de R$ 20 mil a ser paga para duas das vítimas.

Fonte: Daqui

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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