O que aconteceu com a ‘assassina do machado’, que matou a amiga com 41 golpes?
Frustrações amorosas levam à tragédia: Candy Montgomery, a “assassina do machado”
Um dos casos mais marcantes da criminologia americana ganha destaque novamente com a produção de duas minisséries que recontam a história de Candy Montgomery, conhecida como “assassina do machado”. Em 13 de junho de 1980, a mulher de classe média alta chocou o país ao assassinar sua amiga Betty Gore com 41 machadadas. Mas o que realmente aconteceu naquele dia?
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O que levou Candy a cometer esse crime brutal?
Candy Montgomery era casada, mãe de dois filhos e bastante religiosa. No entanto, em 1978, iniciou um caso extraconjugal com Allan Gore, marido de sua amiga e colega de igreja Betty. O relacionamento dos dois seguia regras específicas, evitando qualquer envolvimento emocional e restringindo-se apenas a encontros sexuais no motel.
Em certo momento, Allan afastou-se do caso extraconjugal para dedicar-se à sua esposa e filhas. Aparentemente, isso causou frustração e ciúmes em Candy, que culminou no confronto fatal no dia 13 de junho de 1980.
Como foi o julgamento de Candy Montgomery?
Apesar do crime hediondo, Candy foi considerada inocente pelo júri. Ela alegava que agiu em legítima defesa, afirmando que Betty a atacou primeiro com um machado e que, diante do perigo, golpeou a amiga diversas vezes para se proteger. O júri, formado por nove mulheres e três homens, aceitou a argumentação, contrariando as tentativas do procurador de demonstrar o exagero das 41 machadadas.
Os efeitos do caso na vida de Candy e de outras pessoas envolvidas
Candy conseguiu voltar à sua vida depois do julgamento. Apesar da traição, seu marido permaneceu ao seu lado e só se separaram quatro anos mais tarde. Candy mudou seu nome para Candy Wheeler e passou a trabalhar como terapeuta familiar no estado da Geórgia, nos Estados Unidos.
Já Allan Gore, apesar do choque do assassinato da esposa, continuou sua vida e tentou retomar a normalidade. A história parece ter tocado diversos aspectos da vida das pessoas envolvidas, tanto nos laços familiares quanto nas amizades e crenças religiosas.
A reverberação do caso na cultura popular
O caso de Candy Montgomery, mesmo depois de mais de quatro décadas, continua gerando interesse e discussões. Isso fica evidente com a produção de duas minisséries – “Candy“, do Star, e “Amor e Morte“, da HBO Max – que exploram diversos aspectos do crime e da vida pessoal dos envolvidos.
A história de Candy Montgomery é um lembrete do descontrole emocional que relações extraconjugais podem causar e das possíveis consequências trágicas que um ato impensado traz na vida de várias pessoas. A reflexão sobre os limites e as implicações morais de tais atitudes permanece relevante e atual, mesmo passadas tantas décadas.