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Benjamin Cole é executado por injeção letal pelo assassinato da filha de 9 meses em Oklahoma, EUA

Ontem, quinta-feira (20), foi executado nos EUA, após receber sentença com pena de morte, homem acusado de matar sua própria filha de 09 meses.

Benjamin Cole teve sua sentença de morte cumprida no Estado de Oklahoma, Estados Unidos. Foi aplicado no corpo do sentenciado uma injeção letal que resultou em sua morte às 10h22, conforme esclarecimentos do Oklahoma Department of Corrections.

O procedimento foi considerado “tranquilo e sem complicações”. Pessoas que presenciaram a execução descreveram como semelhante a outras já vistas, segundo Nolan Clay, do jornal The Oklahoman e Sean Murphy, da Associated Press.

Oklahoma

As últimas palavras do executado foram direcionadas ao “Senhor” e a “Jesus”, porém de difícil compreensão.

Segundo Sean Murphy, da Associated Press, antes de morrer, Benjamin Cole orou pelo Estado de Oklahoma e pelos Estados Unidos, e afirmou: “Eu peço perdão a todos pelo que fiz de errado”.

Antes do dia da execução, os advogados de defesa tentaram anular a pena de morte, como também tentaram adiá-la. Defendiam que Cole era doente mental, tinha esquizofrenia e que por isso a pena de morte não deveria ser aplicada.

Para os advogados de defesa, Cole era uma pessoa com doença mental grave, cuja esquizofrenia e danos cerebrais o levaram a matar sua filha bebê.

Após a execução, o advogado Tom Hird se pronunciou:

Ben não tinha uma compreensão racional de porque Oklahoma tirou sua vida hoje [..] à medida que Oklahoma prossegue com sua marcha implacável para executar um homem traumatizado e doente mental após o outro, devemos fazer uma pausa para perguntar se isso é realmente quem somos e quem queremos ser.

Os advogados chegaram a peticionar pedindo clemência, porém não tiveram sucesso, e o pedido de adiamento da execução foi negado pela Suprema Corte dos EUA, na quarta-feira (19).

Benjamin Cole foi a segunda pessoa sujeita à pena de morte pelo Estado de Oklahoma, porém o Estado possui mais de duas dúzias de pessoas condenadas esperando no corredor da morte. O Estado de Oklahoma pretende finalizar todas as execuções até 2024.

O caso de Cole gerou vários debates quanto à aplicação de pena de morte em quem sofre de doença mental. Críticos também destacaram o perigo de injeções letais malfeitas.

Oklahoma: família da bebê vítima se manifesta

A família da criança morta pelo pai se pronunciou quanto à demora entre a morte de Brianna, a vítima de 9 meses de vida, e a execução de Cole.

Após a execução, Donna Daniel, tia da menina, agradeceu e declarou que a justiça foi feita:

Ela teve uma morte horrível! [..] E ele se recupera fácil e recebe uma pequena injeção em seu braço e dorme em sua morte. Ele não deu a Brianna a chance de crescer, sequer mesmo ter seu primeiro Natal, conhecer sua família.”

Já o tio, Bryan Young, disse que a vida voltará ao normal e acrescentou:

 “Não devemos esperar 20 anos por um bebê de 9 meses para receber justiça!

Fonte: CNN

Priscila Gonzalez Cuozzo

Priscila Gonzalez Cuozzo é graduada em Direito pela PUC-Rio, especialista em Direito Penal e Criminologia pelo ICPC e em Psicologia pela Yadaim. Advogada e Consultora Jurídica atuante nas áreas de Direito Administrativo, Tributário e Cível Estratégico em âmbito nacional. Autora de artigo sobre Visual Law em obra coletiva publicada pela editora Revista dos Tribunais, é também membro do capítulo brasiliense do Legal Hackers, comunidade de inovação jurídica.

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