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Irmãos Brazão mandam matar Marielle por ameaçar negócios, diz PGR

Desvendando o caso Marielle: PGR denuncia irmãos Brazão por mandar matar a vereadora

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou os irmãos Brazão, Chiquinho e Domingos, como mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A peça detalha a complexa rede de interesses e crimes que culminou no brutal atentado em 2018.

Marielle
Imagem: reprodução/ Poder360

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Negócios ilícitos e milícias caso Marielle

A denúncia aponta que a atuação de Marielle na Câmara do Rio como defensora dos direitos humanos e crítica da violência urbana incomodava os irmãos Brazão. Seus projetos e posicionamentos ameaçavam os negócios ilícitos da dupla, que se beneficiavam da exploração ilegal de loteamentos na zona oeste carioca, em áreas dominadas por milícias.

Conexões com paramilitares

A PGR detalha o relacionamento próximo dos Brazão com grupos paramilitares desde os anos 2000, especialmente em comunidades como Oswaldo Cruz, Rio das Pedras e Jacarepaguá, onde os irmãos exerciam “autoridade política”. Essa ligação era crucial para garantir o controle territorial e a impunidade dos negócios ilícitos.

Poder político como moeda de troca

Os cargos públicos ocupados pelos irmãos Brazão – Chiquinho como deputado estadual e Domingos como conselheiro do TCE-RJ – eram usados para fortalecer a relação com as milícias. Cargos comissionados eram oferecidos em troca de apoio político e proteção dos negócios ilegais.

Grilagem e lavagem de dinheiro

A denúncia revela ainda a prática de grilagem por parte dos Brazão, que consistia na ocupação irregular de terras públicas e na posterior regularização fraudulenta para venda com altos lucros. Essa atividade era facilitada pela influência política dos irmãos e pela colaboração de milícias.

Eliminação de opositores

Marielle se tornou um alvo a ser eliminado por se opor publicamente aos interesses dos Brazão e das milícias. Sua morte serviria como um aviso para outros políticos que se atrevessem a contestar o poder do grupo.

Ex-chefe da polícia civil envolvido

A PGR também denunciou o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, por usar o cargo para proteger os mandantes do crime e obstruir as investigações. Ele teria recebido propina de milicianos e contraventores e orientado os assassinos a evitar a execução de Marielle próximo à Câmara dos Vereadores.

Próximos passos

A denúncia será analisada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá se aceita as acusações e abre uma ação penal contra os envolvidos. As defesas dos acusados terão 15 dias para apresentar suas contestações. O sigilo do processo foi parcialmente flexibilizado, permitindo maior acesso à informação sobre o caso.

A denúncia da PGR expõe a complexa teia de crimes e corrupção que culminou no assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A investigação revela a conexão entre políticos, milícias e negócios ilícitos, evidenciando a necessidade de ações firmes para combater a violência e impunidade no Rio de Janeiro.

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Imagem: Notícia Preta

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