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Como foi a perturbadora e obscura pesquisa feita por Evan Peters para viver Jeffrey Dahmer

Na última quarta-feira, 21 de setembro, a Netflix lançou uma nova série que conta a história do serial killer, Jeffrey Dahmer. A série true crime está fazendo muito sucesso, tanto que já é top 1 na Netflix.

A nova série top 1 da Netflix tem Evan Peters na pele do serial killer Jeffrey Dahmer e o ator está sendo elogiadíssimo por seu desempenho no papel do protagonista.  

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Imagem: A hora do Medo

No entanto, essa não é a primeira vez que Evan Peters interpreta um personagem psicopata.

Evan Peters começou a atuar nas séries derivadas de “American Horror Story“, também produzidas por Ryan Murphy, em 2011. Seu trabalho em “American Horror Story: Murder House”, primeira temporada da série, foi tão bem-sucedido, que o ator continuou até a oitava temporada, “American Horror Story: Apocalypse”.

Aos 35 anos, Peters relata que nenhuma das séries de psicopatas que ele interpretou o traumatizou tanto  quanto o assassino em série e canibal capturado em 1991.

Dahmer matou 17 rapazes nos Estados Unidos entre 1978 e 1991. Os crimes eram considerados hediondos e causam repulsa pelos níveis de crueldade envolvidos. Durante os assassinatos, Jeffrey costumava dopar suas vítimas, abusava de seus corpos cometendo estupro, e após matá-los, ele cometia necrofilia.

Jeffrey também esfolava os corpos de suas vítimas, e guardava partes dos seus corpos de recordação, como os crânios.

Ele ficou conhecido também por atos de canibalismo, após comer carne e órgãos de suas vítimas.

Evan Peters fez pesquisas obscuras para viver o personagem de Dahmer

Peters conta que, quando recebeu a ligação de Murphy sobre o papel, começou a fazer a sua pesquisa imediatamente. 

No entanto, assistir a entrevistas concedidas pelo assassino causou no artista medo e repulsa. 

“Em encontrei no YouTube alguns áudios do que parecia ser algum psicólogo entrevistando Dahmer, ou até mesmo um detetive, e [Jeffrey] conta pelo que passou. Ele fala de uma forma muito sincera, muito normal”.

Ele contou à revista Variety como se sentiu ao fazer o papel.

“Eu estava com muito medo de tudo o que ele fez, e de mergulhar nisso e comprometer-me a fazer o meu melhor no que seria com certeza uma das coisas mais difíceis da minha vida, porque eu queria que ficasse bastante autêntico. Mas, para isso, eu precisava acessar a lugares muito obscuros e ficar lá por um grande período.”

“Ao me perder nisso, era um desafio tentar olhar para essa pessoa que aparentemente era tão normal, mas que por baixo escondia um mundo inteiro de segredos”.

“Eu li tanta coisa, vi tanta coisa que, em um certo ponto, alguém tinha que dizer: ‘Ok, isso é o suficiente'”

Peter reforça que Ryan Murphy tinha um pedido especial para ele durante as filmagens: “Tínhamos uma regra de Ryan, que nunca contaríamos a história do ponto de vista de Dahmer.”.

Para conseguir se manter distanciado do personagem, Peters tinha sempre um pensamento em alerta: 

“É sobre manter a ideia fixa do porquê de estarmos contando essa história, e usar isso como um guia. Mas há tanto material sobre Dahmer que é importante soar autêntico”.

Ele ressalta que a série não pretende ser um documentário. 

“Podemos brincar com níveis de naturalismo e grandes momentos televisivos voltados para o entretenimento”.

“É quase uma escolha cena a cena, uma questão de decidir ‘ok, isso aqui ele fez na vida’ ou ‘não, isso ele não fez, mas tudo bem, pois funciona para a história que queremos contar.”

Ele finaliza elogiando a produção e a forma que a história de Dahmer foi contada.

“É a história de Jeffrey Dahmer, mas não é apenas a história dele. São as repercussões. É como a sociedade e nosso sistema falharam ao tentar impedi-lo múltiplas vezes, graças ao racismo, à homofobia… É uma história trágica, e todos os lados são contados.”

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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