Argentina condena policiais a prisão perpétua; entenda o caso
Três policiais argentinos foram condenados a prisão perpétua por “ódio racial”
Três policiais de Buenos Aires, Argentina, foram sentenciados à prisão perpétua na terça-feira, 11 de julho, depois de terem sido julgados réus pela morte de um adolescente em novembro de 2021, devido a um motivo de “ódio racial”, de acordo com a decisão judicial. Um tribunal da capital argentina impôs a pena máxima aos policiais Gabriel Isassi, Fabián López e Juan José Nieva, e condenou outros seis agentes por encobrimento, enquanto absolveu cinco acusados.
Leia mais:
Ministério Público denuncia homem por sequestro e estupro de criança de 12 anos
A História Macabra de Joe Metheny: O Homem que transformava suas vítimas em hambúrgueres
Lucas González foi assassinado em 2021 quando o veículo em que estava foi alvo de tiros feitos pelos policiais
Lucas González, jogador das categorias de base do clube Barracas Central, foi assassinado em 17 de novembro de 2021, quando retornava de um treino, e o veículo em que estava com três amigos foi alvo de tiros feitos pelos policiais. A justiça também constatou que houve uma tentativa de matar os outros três jovens. O tribunal condenou os três presos à prisão perpétua por “homicídio qualificado com dolo e ódio racial”.
Além disso, os outros seis agentes foram condenados, cinco por encobrimento, recebendo penas que passaram de meses a quatro anos, e um por tortura, condenado a oito anos de prisão. O pai da vítima comemorou a decisão dos jurados em condenar os policiais.
“Estou feliz. Posso dizer que um peso foi retirado das minhas costas, que meu filho está descansando em paz. Justiça foi feita, pois aqueles que mataram Lucas pagarão”, afirmou.
O advogado da família da vítima, Gregorio Dalbón, descreveu a sentença como “histórica” e comemorou o fato de os pais do jovem terem sido reconhecidos como “vítimas da violência institucional”. Em um tweet, a Anistia Internacional afirmou, referindo-se se a outros dois casos em que os agentes foram condenados. “Essa sentença, juntamente com a de Luis Espinoza, em Tucumán, e Blas Correas, em Córdoba, serão um marco na luta contra o abuso de poder e na responsabilização das forças de segurança”.
Fonte: ESTADÃO