Prisão perpétua é defendida por 3 a cada 4 brasileiros, mas em casos específicos; veja quais são
O que pensa a população brasileira sobre a prisão perpétua para crimes hediondos?
No Brasil, crimes hediondos como tráfico de drogas, terrorismo, homicídio qualificado, latrocínio e estupro provocam repulsa social, reservando a esses delitos uma pena mais rígida que se inicia em regime fechado. Contudo, ao contrário de muitos países, a prisão perpétua não está contemplada na legislação brasileira.
Uma recente pesquisa realizada pelo Ipec, anteriormente conhecido como Ibope, trouxe uma discussão à tona: o que pensam os brasileiros a respeito da prisão perpétua para crimes hediondos? Surpreendentemente ou não, 73% dos entrevistados se mostraram favoráveis à ideia. Novamente, importante frisar, a prisão perpétua não é uma prática legal no Brasil atualmente.
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Quem defende a prisão perpétua no Brasil?
Os dados da pesquisa também revelaram onde se concentra a maior parte dos defensores dessa medida mais severa de punição. Na região Sul, por exemplo, a aprovação cresceu para 80%. Já entre as pessoas que avaliam o governo de Jair Bolsonaro (PL) como ótimo ou bom, esse índice alcança 78%. E, por último, moradores das periferias se mostram alinhados com essa perspectiva em 76% dos casos.
E quem se opõe à prisão perpétua?
Por outro lado, aqueles que se mostram contrários à implementação da prisão perpétua representam 20% dos entrevistados. Dentre esses, a oposição se intensifica entre os residentes do Nordeste, com 25% se posicionando contra. Outros grupos com uma tendência de opinião similar são as pessoas que avaliam o governo Bolsonaro como ruim ou péssimo (24%), além dos evangélicos (23%).
Aferição dos dados
A coleta de informações se deu através da realização de entrevistas com 2.512 pessoas, entre os dias 9 e 11 de setembro de 2023, em 158 municípios espalhados pelo país. Todos os dados levantados possuem uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, contando com um nível de confiança de 95%. O registro da pesquisa junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se deu sob o código BR-01390/2023.
