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Ex-noiva acusa deputado Zé Trovão de agressão doméstica

No último domingo (19), o deputado federal Zé Trovão (PL-SC) foi denunciado pela esposa Ana Rosa Schuster, pelo crime de agressão doméstica dentro do apartamento funcional ocupado pelo parlamentar, em Brasília.

De acordo com Ana, “o relacionamento sempre foi abusivo, permeado por violência psicológica e ofensas constantes”. Ela afirmou à polícia que foi empurrada e teve o pescoço apertado após uma discussão.

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Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

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Deputado nega acusações e afirma que foi agredido

Zé Trovão negou ter agredido Ana Schuster e ainda afirmou ser a vítima do ocorrido, pois teria sido atacado pela ex-noiva. “É falsa (a acusação de agressão). Eu fui agredido. Eu só segurei a pessoa” disse. Segundo o deputado, “ela não aceitava o fim da relação”.

Ainda de acordo com ele, o relacionamento, iniciado em meados de março, havia acabado há cerca de um mês, mas ele permitiu que a mulher permanecesse no mesmo apartamento enquanto providenciava a mudança.

A denúncia foi registrada na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Brasília, que encaminhou o caso ao 3º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. O juiz Carlos Fernando Fecchio dos Santos enquadrou Zé Trovão na Lei Maria da Penha e determinou, ainda no domingo, uma série de medidas protetivas a favor da vítima, como a proibição de aproximação e de contato por qualquer meio de comunicação.

Agressão ocorreu após discussão

Em depoimento, Ana Schuster afirmou que a agressão aconteceu após ela entrar no quarto de Zé Trovão para pegar roupas. Os dois haviam rompido a relação e dormiam em quartos separados enquanto Ana procurava um imóvel para alugar.

O deputado teria empurrado e enforcado a mulher depois de dar início a uma discussão. “Vou acabar com você”, teria dito Zé Trovão, de acordo com a denunciante.

A violência só cessou, segundo ela, quando o deputado ligou para a portaria do edifício funcional e solicitou que o Departamento de Polícia Legislativa expulsasse Ana do apartamento.

Mulher afirma que já havia sido agredida

Ana Schuster ainda disse no depoimento que essa não foi a primeira vez que Zé Trovão a agrediu. A vítima contou à Justiça que o parlamentar é “muito agressivo e costuma falar com tom de voz elevado com todas as pessoas com quem convive”. Além disso, o deputado já a teria ameaçado de morte ao menos duas vezes com o uso de uma faca.

Zé Trovão diz ser a vítima do caso

O deputado afirma ter sido ele o agredido. O parlamentar conta que a mulher não aceitava o contato que ele precisava manter com a ex-esposa por causa da criação do filho, de 2 anos, e também não aceitou o fim do noivado. Segundo o parlamentar, ele ficou com escoriações no braço.

“O fim foi 30 dias atrás. Eu estava inclusive com meu filho em Brasília quando nos separamos. Ela não aceitava que eu tinha que falar com a mãe do meu filho. Falava todo dia. Ela ligava pra ver, para falar com ele. Ela não aceitava essas coisas e um dia falou que não aceitava mais”, disse. “Eu pedi pra ela se retirar do meu apartamento. O prazo seria agora no fim do mês. Mas aí ela não aceitou ter me visto num evento com outra pessoa.”

Quem é Zé Trovão

“Zé Trovão” é o apelido de Marcos Antônio Pereira Gomes. O deputado ganhou popularidade nas redes sociais por volta de 2021 quando passou a convocar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para protestar contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e pedir a aprovação do voto impresso pela Câmara dos Deputados.

Ele se apresentava nas redes como um dos líderes do movimento de caminhoneiros em apoio a Bolsonaro.

A militância inflamada, com ares antidemocráticos, o colocou na mira de Alexandre de Moraes, ministro do STF, que chegou a determinar a prisão do então líder de caminhoneiros em 2021. A prisão acabou convertida em medidas cautelares posteriormente. Mesmo respondendo à Justiça, ele concorreu nas eleições de 2022 e foi eleito com mais de 70 mil votos.

O hoje deputado foi diplomado pelo Estado de Santa Cantarina enquanto usava tornozeleira eletrônica por causa dos crimes que havia cometido.

Fonte: O Dia

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