Gabriel Monteiro ‘usou arma como brinquedo’, é o que afirma delegado sobre acusações de estupro
Preso por suspeito de estuprar uma jovem de 22 anos, o ex-vereador Gabriel Monteiro teria usado sua arma como um brinquedo durante o crime para aterrorizar a vítima.
Segundo a investigação, comandada pelo delegado Luis Armond, titular da 42ª DP, o caso ocorreu em junho e chegou à polícia por relatos de uma testemunha.

Gabriel, que nega as acusações, passou a noite na 77ª DP (Icaraí), após a Justiça decretar sua prisão preventiva.
Gabriel Monteiro utilizou arma como brinquedo para estuprar vítima, segundo Delegado
Ele deve realizar o exame de corpo de delito nesta terça-feira no Instituo Médico Legal (IML) antes de passar pela audiência de custódia.
“Foi um relato forte de uma garota nova de 22 anos com detalhes. Quando eles chegam na casa, que é de um conhecido dele, as coisas foram para uma violência. Passou a ter uma violência real mesmo, uma aterrorização com arma como se fosse um brinquedo, mas para uma jovem a travou. E começou a ter as agressões. Essa vítima procurou uma médica particular e passou por um exame. A médica deu um parecer que ela chegou muito nervosa, apesar de não querer contar o que aconteceu. Ela foi orientada a tomar a pílula do dia seguinte e foi feito um teste que demonstrou a possibilidade dela estar com uma infecção sexualmente transmissível (IST).”
Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Rio à Justiça no fim de outubro, a mulher, de 22 anos, afirmou que Gabriel a forçou a manter relações sexuais, depois de lhe apontar uma arma, na casa de um amigo do ex-vereador no Joá.
O youtuber também teria tentado filmar a relação sexual, mas o celular estava descarregado.
Além da prisão do ex-vereador, o Tribunal de Justiça determinou a apreensão do celular e da arma de Monteiro.
Mas, até o fim da noite desta segunda-feira os equipamentos não tinham sido entregues.
No imóvel, a mulher foi levada por Gabriel até um quarto. Ao tentar deixar o cômodo, segundo a denúncia, Gabriel trancou a porta, retirou a arma da cintura e com ela acariciou o rosto da vítima.
“O denunciado a empurrou de forma violenta sobre a cama e começou a ter relação sexual de forma violenta, mesmo sem preservativo, mesmo após os apelos da vítima para que não mantivesse relações sem camisinha’’.
Este foi o segundo pedido de prisão feito pela polícia contra Gabriel Monteiro.
O caso teria ocorrido em junho deste ano, quando ele já era investigado por outros crimes sexuais e respondia ao processo de cassação na Câmara de Vereadores do Rio.
Ao todo, outras três mulheres já o denunciaram por estupro.
Para a polícia, a prisão foi necessária pois havia possibilidade de reiteração delitiva.
Fonte: Diário do Nordeste