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Golpe do PIX já atingiu pelo menos 11 cidades brasileiras

O chamado ‘golpe do pix’ já atingiu pelo menos 11 cidades no sudeste do país, e causou prejuízos de mais de R$ 10 milhões. No golpe, uma quadrilha especializada tira dinheiro de prefeituras. Uma das cidades prejudicadas foi Pirapozinho (SP). 

Golpe do pix já causou prejuízos de R$ 10 milhões em pelo menos 11 cidades

Em Pirapozinho (SP) foi retirado dos cofres públicos dela quase  R$ 2,6 milhões. A cidade tem cerca de 30 mil habitantes. O dinheiro que foi retirado pelo ‘golpe do pix’ ia ser usado no pagamento de funcionários e para o transporte de estudantes e merenda escolar.

O prefeito da cidade relata que não entende como os bandidos conseguiram realizar o golpe do pix, e de onde tiraram informações para conseguir sacar o dinheiro.

“Ninguém entendia como que aquilo tinha acontecido. Como que essas pessoas tinham conseguido essas informações para entrar nas contas municipais? Nós somos considerados ainda um município de porte pequeno e qualquer recurso que sai da conta, em uma forma não correta, faz muita falta. Porque as nossas contas são contas muito equilibradas”.

Segundo a investigação, a quadrilha usou dados de um grande vazamento de informações que aconteceu no ano passado. 

Eles teriam entrado em contato com servidores que movimentavam as contas da prefeitura fingindo ser funcionários do banco e disseram que era preciso atualizar o cadastro. 

Através de um site falso enviado ao servidor, eles utilizaram o phishing – ou pescaria digital e, quando os servidores digitaram os dados, o golpe foi consumado.

O phishing consiste em um ataque que tenta roubar seu dinheiro ou a sua identidade fazendo com que você revele informações pessoais, tais como números de cartão de crédito, informações bancárias ou senhas em sites que fingem ser legítimos.

No caso da quadrilha, eles utilizavam um site igual ao do Banco.

Tendo as senhas da prefeitura, eles conseguiram fazer as transferências de valores para várias contas diferentes, impossibilitando o rastreio do dinheiro.

Em um áudio obtido pela polícia, os bandidos ironizam a facilidade de cadastrar novas contas para escoar a lavagem do dinheiro.

Para chegar aos estelionatários que orquestraram o crime, a polícia percorreu um longo caminho identificando primeiro os beneficiários das transferências fraudulentas. No dia 18 de outubro, uma operação da polícia prendeu 11 pessoas; três estão foragidas.

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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