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Caso ‘Nesara Gesara’: entenda como funcionava o golpe praticado dentro de igrejas; crime chocou o Brasil

Desvendando o Esquema Fraudento Nesara Gesara no Brasil

No Brasil, um esquema fraudulento relacionado à teoria conspiratória denominada “Nesara Gesara” tem causado alvoroço nos últimos anos. Um grupo de pastores foi detido por induzir fiéis a acreditar que estavam prestes a receber valores estratosféricos, propostos em um golpe realizado há mais de cinco anos. O grupo é acusado de movimentar mais de R$ 156 milhões durante este período.

Este grupo criminoso, composto por cerca de 200 integrantes, usava suas igrejas para incentivar os fiéis a investirem em falsas operações financeiras. Com a promessa de “retorno imediato e lucro astronômico”, muitas pessoas foram enganadas a doar suas economias para o que acreditavam ser um divino ‘pote de ouro’.

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Imagem: TeePublic

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Como Funcionava o Esquema Nesara Gesara?

O grupo anunciava nas redes sociais que os investidores iriam ganhar até um “octilhão” de reais. Octilhão é, na verdade, um número inalcançável no mundo financeiro real, com 27 zeros. Para colocar em perspectiva, o economista e professor Cesar Bergo explica que, ainda que fossem reunidas as riquezas de todos os países do mundo, não chegariam nem perto dos valores prometidos pelos golpistas.

O Que é a Teoria Nesara Gesara?

O termo Nesara surgiu a partir de uma tese de doutorado dos EUA no início dos anos 90. O conceito se tornou uma teoria da conspiração nos anos 2000, após a blogueira Shaini Goodwin afirmar que o ex-presidente dos EUA Bill Clinton aprovou o Nesara, informação que nunca foi comprovada. Dentro da teoria está a proposta de abolir impostos, perdoar dívidas e uma drástica mudança no sistema monetário. Desde então, a teoria tem ganhado força e deu origem à consequente Gesara.

Quem Foram os Alvos da Operação Nesara Gesara?

A operação foi coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária, anexa ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado do Distrito Federal (DOT/DECOR). Foram executados dois mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão em quatro estados. Os suspeitos serão julgados por diversos crimes, entre eles: estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa.

As investigações continuam em andamento e com novas informações surgindo frequentemente, fica cada vez mais claro o alcance desse esquema fraudulento. A constante vigilância e investigação desses crimes são essenciais para proteger a população de ser enganada por esses golpes nocivos e perigosos.

Fonte: G1

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