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O que a PF disse sobre Bolsonaro que deixou os bolsonaristas do Estado calados?

Operação na mira de Bolsonaristas em Mato Grosso do Sul avança

A maioria dos políticos aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro em Mato Grosso do Sul mantém silêncio sobre a recente operação da Polícia Federal no estado. Batizada de Lucas 12:2, a operação investiga possíveis desvios e venda ilegal no exterior de bens do ex-presidente recebidos durante missões oficiais.

Dentre os alvos estão o general da reserva Mauro Lourena Cid, o assessor Osmar Crivelatti, o advogado Frederick Wassef e o tenente-coronel Mauro Cid. Segundo a investigação, a venda dessas joias teria gerado um lucro de pelo menos R$ 1 milhão.

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Maioria dos políticos bolsonaristas mantém silêncio

Os representantes do PL e do PRTB no estado, além dos deputados estaduais e federais e a senadora Tereza Cristina, foram contatados para comentar sobre o caso, no entanto, apenas João Henrique Catan e Marcos Pollon se pronunciaram a favor de Bolsonaro.

Ambos ressaltaram o caráter austero do ex-presidente, salientando seu costume de usar um relógio de plástico da marca Casio e minimizando a relevância das acusações. Para Catan, a hipocrisia reside no consumo ostensivo de políticos que se apresentam como defensores do povo, ao invés da venda de presentes oficiais.

O que dizem os juristas sobre o caso?

Na avaliação de alguns advogados e juristas, a possibilidade de prisão do ex-presidente é pouco provável. O advogado André Borges alega que é comum ver ex-presidentes sendo perseguidos por “forças poderosas” com intuito de macular suas imagens. Contudo, o jurista Jodascil Gonçalves afirma que, dado o que foi divulgado pela mídia, há elementos suficientes para configurar os delitos de peculato e lavagem de capitais.

Gonçalves ressalta que, devido a possível materialidade de dois delitos, um pedido de prisão preventiva é factível, contudo, deve-se levar em conta outros fatores que estão além do tipo penal praticado.

A prisão do ex-presidente Bolsonaro está próxima?

Ainda que a situação pareça tensa, o professor de Processo Penal e Filosofia do Direito, advogado Benedicto Arthur de Figueiredo Neto, argumenta que não há fundamento para prisão preventiva de Jair Bolsonaro, pelo fato de não estar exercendo função pública atualmente. Ele critica o uso do Direito Penal como instrumento de vingança e revanchismo político, e defende a necessidade de fundamentação sólida nos casos de acusação, e não apenas suposições ou conjecturas com vieses políticos.

Em meio a esse cenário de incertezas, recheado de opiniões divergentes, apenas uma coisa é certa: a operação da Polícia Federal continua a sua procura por respostas, deixando políticos e cidadãos em estado de alerta e vigilância constante.

Redação

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