Skatista que sofreu injúria racial de militar se manifesta
O skatista e professor de skate Jagner Macedo Santos (33) que foi xingado de “preto de merda” por um oficial da Marinha no último dia 2 no Parque Ibirapuera, Zona Sul de São Paulo, declarou ser inaceitável o que sofreu.
Após os vídeos que registraram o ocorrido, gravados por testemunhas que estavam no local, serem bastante compartilhados nas redes sociais, o caso ganhou grande repercussão.
Jagner afirmou que após ser ofendido pelo ciclista, os presentes o perseguiram e o agrediram até a sua própria intervenção:
Depois [Joanesson] tentou correr. E aí o pessoal que estava andando ao redor segurou ele. Ele não conseguiu correr. O pessoal ainda tentou bater nele. Eu ainda fui lá e tirei o pessoal, falei: ‘Não bate nele’.
O professor de skate contou, ainda, que o ciclista tentou intimidá-lo, afriamndo ser policial:
Tipo… século 21, racismo, por cor. Ainda mais vindo de um Oficial da Marinha, ele é um tenente, capitão da marinha. Lamentável.
Após o ocorrido, a Guarda Civil Metropolitana (GCM), chamada para atender a ocorrência, conduziu Joanesson e Jagner à Delegacia do 27º Distrito Policial (DP), no Campo Belo, onde os policiais civis analisaram os vídeos e ouviram a vítima e o agressor.
O oficial, então, foi preso em flagrante por injúria racial.
Advogado de skatista se manifesta
Luciano Santoro, o advogado da vítima, afirmou:
O vídeo é claro ao demonstrar que esse autor do fato, um capitão-tenente da Marinha, aproxima-se de bicicleta, e, por duas vezes, ofende o professor dizendo: ‘preto de merda’, e tenta fugir, sendo contido pelos populares. Por isso ele [Joanesson] foi preso em flagrante delito e está sujeito a uma pena de 1 a 3 anos de reclusão e multa.