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Chacina do Curió já tem o Júri mais longo do Ceará e penas já somam mais de mil anos de prisão

Justiça julga réus pela chacina de Curió

A primeira sessão do julgamento da Chacina do Curió teve início no dia 20 de junho e foi finalizada após seis dias de trabalho. Na ocasião, os quatros réus foram condenados. Antônio José de Abreu Vidal Filho, Marcus Vinícius Sousa da Costa, Wellington Veras Chagas e Ideraldo Amâncio foram considerados culpados pelos jurados pelo cometimento de 11 homicídios qualificados consumados, três homicídios qualificados na forma tentada, três crimes de tortura física e um de tortura mental.  

As penas totalizaram 1.103 anos e 8 meses de reclusão, com início do cumprimento em regime fechado. A sentença do Poder Judiciário do Ceará incluiu também a prisão provisória dos condenados e a perda da carga pública de policial militar.

Foram mais de 63 horas de trabalho no Fórum Clóvis Beviláqua, localizado em Fortaleza. O conselho de sentença, composto por sete jurados, aceitou integralmente a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Cear no caso da chacina.

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Imagens do Fórum durante o julgamento. Foto: G1

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Segunda sessão de julgamento da chacina de Curió

A segunda etapa da sessão do júri referente à chacina de Curió teve início no 29 de agosto e durou mais de 97 horas. Nesta fase, os oito réus foram absolvidos das acusações pelo Tribunal do Júri porém, o MP já apresentou recurso da decisão. Ministério Público recorreu da decisão. Durante o julgamento, o MP defendeu a tese de que os policiais descumpriram seu dever de agir e de prestar assistência às vítimas feridas e em situação de grave e iminente perigo.

Terceira fase do julgamento sobre a chacina

Até agora, o Tribunal do Júri já analisou os casos de 20 dos 30 policiais acusados de terem participado da chacina. Conforme noticiado pelo Tribunal de Justiça do Ceará, serão agendadas novas datas para o julgamento dos 10 policiais restantes.

A chacina

Segundo informações do Ministério Público do Estado do Ceará, a Chacina do Curió aconteceu durante a madrugada dos dias 11 e 12 de novembro de 2015, em nove locais da Grande Messejana, em Fortaleza. Foram 11 vítimas fatais, todas do sexo masculino, sendo a maioria menor de 18 anos.

De acordo com as autoridades do Ministério Público, os homicídios foram cometidos por policiais em resposta à morte de um colega de corporação na noite de 11 de novembro de 2015. O soldado PM Valtermberg Chaves Serpa foi assassinado ao reagir a um roubo contra sua esposa, em um campo de futebol no bairro Lagoa Redonda, também na capital.

A morte do PM repercutiu rapidamente nas redes sociais e em aplicativos de mensagens entre os policiais militares, mobilizando ofertas de colegas de farda para um ato de vingança. Conforme a denúncia do Ministério Público, os acusados ​​planejaram uma ação impactante, que começou com a identificação de alvos preferenciais: pessoas envolvidas em atividades criminosas ou sob suspeitas delas, além de desafetos pessoais de alguns policiais envolvidos na ação.

Foram vítimas da chacina: Alef Sousa Cavalcante (17 anos), Antônio Alisson Inácio Cardoso (17 anos), Francisco Enildo Pereira Chagas (41 anos), Jandson Alexandre de Sousa (19 anos), Jardel Lima dos Santos (17 anos), José Gilvan Pinto Barbosa (41 anos), Marcelo da Silva Mendes (17 anos), Patrício João Pinho Leite (16 anos), Pedro Alcântara Barroso (18 anos), Renayson Girão da Silva (17 anos) e Valmir Ferreira da Conceição (37 anos). anos).

Fonte: Ministério Público do Ceará

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