Terceiro julgamento da Chacina do Curió chega ao fim: Réus condenados e absolvidos

Dando continuidade à saga dos casos envolvendo a Chacina do Curió, um dos acontecimentos mais marcantes na história recente do Brasil, o terceiro julgamento do caso ocorreu recentemente, culminando na condenação de dois policiais, enquanto outros acusados foram absolvidos. Também vale ressaltar que um dos réus teve uma das acusações desclassificada como crime militar.

O julgamento, conduzido no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, iniciou com os réus sentados no banco dos acusados sob os olhares atentos da população e da mídia. Foram cerca de 54 horas de julgamento e quase 13 horas de deliberação, resultando na emissão da sentença.

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Quem foram os condenados na Chacina do Curió?

O policial militar José Oliveira do Nascimento foi condenado a 210 anos e 9 meses de prisão por conta da chacina. Nascimento foi considerado culpado por nove homicídios qualificados, dois homicídios simples, três tentativas de homicídio qualificado, três torturas físicas, e uma tortura mental. Também lhe foi negado o direito de recorrer em liberdade, e com isso houve a expedição de um mandado de prisão, e perda de seu cargo público.

Já José Wagner Silva de Souza, também integrante da força policial, foi condenado a 13 anos e 5 meses de prisão pela prática de duas torturas físicas e uma mental. Ao contrário de José Oliveira, a ele foi concedido o direito de apelar em liberdade. No entanto, Souza também perderá seu cargo de policial militar assim que o caso transitar em julgado.

Então, quem foi absolvido das atrocidades?

Além das condenações mencionadas acima por conta da chacina, o terceiro julgamento do caso Chacina do Curió também resultou em absolvições. Antônio Carlos Matos Marçal foi absolvido de todas as acusações, mas uma de suas denúncias de tentativa de homicídio foi reclassificada como crime militar. Outros policiais, incluindo Antonio Flauber de Melo Brazil, Clênio Silva da Costa, Francisco Helder de Sousa Filho, Maria Bárbara Moreira e Igor Bethoven Sousa de Oliveira, também foram absolvidos de todas as acusações que pesavam sobre eles.

Após o fim do julgamento, o presidente do colegiado, Marcos Aurélio Marques Nogueira, expressou sua gratidão aos colegas do colegiado, à Diretoria do Fórum, à Assistência Militar, aos jurados, aos servidores, aos oficiais de justiça e a todos os demais profissionais envolvidos. O caso da Chacina do Curió agora passa para a próxima fase da justiça, na qual as novas decisões serão aguardadas com apreensão e esperança de justiça por parte da população.

Fonte: LeiaIsso