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PGR investigará militares por atos antidemocráticos de 8/1

A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai investigar o envolvimento de militares por envolvimento na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, informou a assessoria do órgão.

A determinação ocorre após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter decidido que cabe à corte investigar e julgar militares pelos atos antidemocráticos em Brasília, e não à Justiça Militar.

Moraes foi provocado a se manifestar pela Polícia Federal em meio a cobranças feitas.

PGR irá investigar atuação e omissão de militares das forças armadas nos atos do dia 8 de janeiro

Segundo a PGR, informações sobre investigações que vinham sendo conduzidas pelo Ministério Público Militar (MPM) sobre integrantes das Forças Armadas chegaram ao órgão na sexta-feira.

Essas apurações foram encaminhadas ao grupo de trabalho comandado pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, que foi designado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para cuidar do caso. Os inquéritos, que estavam sendo realizados pelo Ministérios Público Militar, apuram o envolvimento de militares da ativa nos atos do dia 8/1.

A PGR também aguarda o envio das imagens gravadas pelas câmeras de segurança do Planalto no dia da invasão. Essas imagens serão vitais para a investigação.

A linha de investigação começou quando um integrante do GSI enviou uma mensagem ao Comando Militar do Planalto solicitando a dispensa de cerca de 30 homens do Batalhão da Guarda Presidencial na véspera da invasão.

O local permaneceu sem proteção até poucos minutos antes da invasão quando a ordem foi revista.

Procurado, o Exército não respondeu de imediato a pedido de comentário sobre a determinação da PGR.

Fonte: CNN

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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