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O que vai acontecer se alguém cometer assédio, roubo ou qualquer crime no metaverso?

O metaverso é um mundo virtual onde as pessoas podem viver, trabalhar e se divertir por meio de uma representação digital de si mesmas, e ganhou destaque nos últimos tempos desde que o empresário americano Mark Zuckerberg anunciou, em outubro de 2021, que a sua companhia investiria fortemente no metaverso e passaria a se chamar Meta.

Só no ano de 2021 o Meta investiu mais de 10 bilhões de dólares com a Reality Labs, empresa que produz hardware e software de realidade virtual e realidade aumentada, incluindo óculos de realidade virtual e plataformas de metaverso, como a Horizon Worlds.

Segundo o inventor americano Raymond Kurzweil, pioneiro no desenvolvimento de diversos avanços tecnológicos e diretor de engenharia da Google, até 2030 o mundo passará mais tempo no metaverso do que na “vida real”.

Com o avanço dessa nova tecnologia chamada metaverso, algumas questões passaram a preocupar, como por exemplo, o que acontece se alguém cometer um crime dentro do metaverso? 

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Jovens fazendo uso do Metaverso. Imagem: Tecnoblog

Crimes no metaverso

O universo virtual mal foi criado e já foram registrados “crimes” dentro dele. A inglesa Nina Jane Patel, uma psicoterapeuta de 43 anos que realiza pesquisas sobre o metaverso, relatou que o seu avatar foi “apalpado” por um grupo de avatares masculinos:

“Em 60 segundos depois de entrar na Horizon, fui agredida verbalmente e sexualmente. Três ou quatro avatares masculinos, com vozes masculinas, essencialmente estupraram meu avatar e tiraram fotos. Enquanto eu tentava fugir, eles gritavam: ‘Não finja que você não gostou’”

O objetivo de Nina na plataforma é estudar o impacto psicológico e fisiológico da tecnologia em crianças e adolescentes, e opinou:

“O assédio no metaverso é uma questão séria e a indústria precisa se unir para implementar os controles e as medidas de segurança corretos”

Durante o recente Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o ministro de inteligência artificial dos Emirados Árabes Unidos, Omar Sultan Al Olama citou outros relatos como o de Nina, e defendeu a necessidade de se criar  leis para evitar que pessoas cometam crimes no metaverso, incluindo “assassinatos” (eliminação de avatares).

A Interpol também já anunciou que está entrando para o mundo do metaverso, e uma das principais justificativas é justamente o aumento cada vez maior de crimes virtuais. Segundo a organização, se há uma tecnologia, criminosos irão utiliza-la.

A interpol criou uma uma área de segurança aeroportuária no estilo da TSA, agência americana de administração da segurança do transporte e uma estação de “polícia de imigração e fronteiras” no ambiente virtual.

Fonte: Insper

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