Como delegado de polícia descobriu envolvimento de Suzane Richthofen
Condenada a uma pena de 39 anos pelo assassinato de seus pais, e tentando obter a progressão de regime desde 2017, Suzane Von Richthofen foi finalmente posta em liberdade na última quarta-feira (11). O delegado responsável pela investigação relatou como descobriu o envolvimento de Suzane no assassinato do casal Richthofen.
Delegado fala sobre o caso Richthofen
O delegado responsável pela condução do caso Richthofen, José Masi, relatou que desde o primeiro momento desconfiou do comportamento de Suzane e Daniel:
“Desde que chegaram ao DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), o comportamento deles não me convenceu. A Suzane e o Daniel trocavam beijinhos ao se cruzarem no corredor, um chamava o outro de benzinho, um comportamento que não era esperado de quem tinha acabado de perder pai e mãe”
O ex-delegado de polícia contou ainda que dentro da delegacia, ao sentar no sofá em que Daniel estava, Suzane jogou sua perna sobre a perna dele, um gesto, que para a autoridade policial, revelou a cumplicidade dos dois.
Após quatro dias de investigação, José Masi decidiu fazer nova inspeção no lixo da mansão e encontrou as caixas vazias das joias da família que tinham sido “roubadas” pelos supostos assassinos do casal, e a reação de Suzane intrigou o delegado.
“A Suzane se aproximou e pediu para ficar com a caixa de joias como uma recordação. Nesse momento, tive a clara percepção de que ela sabia onde estavam as joias ‘roubadas’.”
Outro Delegado que também participou do caso relatou que um ponto que também chamou a atenção da policia foi o fato de um tio de Suzane relatar que ela e os pais brigavam muito por conta do relacionamento de Suzane e Daniel, mas que o assunto havia sido superado. No entanto, o casal comprou uma aliança de noivado logo após a morte do casal Richthofen.
Se o problema do namoro estava superado, por que a aliança do noivado logo depois da morte dos pais?” Indagou Ricardo Guanares
O método da polícia foi levar cada um para uma sala e ouvir suas versões, para confrontá-las. O delegado disse que percebia que a história estava bem ensaiada e que Suzane e o namorado estavam escondendo muita coisa.
O primeiro a confessar o crime foi Cristian Cravinhos, irmão de Daniel, o que abriu os caminhos para que a polícia conseguisse a confissão de Daniel e Suzane e pudesse finalmente elucidar os fatos.
Fonte: UOL