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Ministro Lewandowski determina suspensão de ação penal contra Paulo Okamotto, um dos diretores do Instituto Lula

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski decidiu suspender um processo da Operação Lava Jato contra Paulo Okamotto, diretor do Instituto Lula e o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci. 

O caso, em tramitação na Justiça Federal do Distrito Federal, trata de doações supostamente ilícitas da Odebrecht ao Instituto Lula entre 2013 e 2014, no valor total de 4 milhões de reais. 

Decisão de Lewandowski suspende ação penal contra Paulo Okamotto por provas “imprestáveis”

Tomada na sexta-feira (10) e publicada nesta segunda-feira (13), a decisão de Lewandowski atendeu a um pedido da defesa de Okamotto, que havia solicitado ao ministro a extensão de um entendimento aplicado em benefício do próprio Lula em setembro de 2021, para considerar nulas as provas apresentadas contra ele a partir do acordo de leniência da empreiteira baiana.

Ao declarar o material como imprestável, Lewandowski lembrou que os arquivos chegaram a ser transportados em sacolas de supermercado por procuradores da Lava Jato, “sem qualquer cuidado quanto à sua adequada preservação”. 

No último dia 27 de janeiro, a Justiça Federal em Brasília decidiu que o caso deveria continuar sendo processado em relação aos acusados, menos Lula, beneficiado pela decisão de Lewandowski de suspender o processo em relação a ele. 

Para a defesa de Paulo Okamotto, no entanto, a continuidade da ação “materializa perigo de iminente dano processual irreparável ou de difícil reparação”, já que está baseada em provas consideradas nulas pelo STF. 

Os advogados de Okamotto pediam que o processo fosse suspenso cautelarmente em relação a ele e, no mérito, trancado. 

Fonte: STF

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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