Crimes que Chocaram o MundoSerial Killers

Saiba o que o pai de Jeffrey Dahmer disse sobre os crimes brutais do filho

A nova minissérie da Netflix “Dahmer: Um Canibal Americano”, relata uma das mais chocantes histórias de serial killer nos Estados Unidos. Jeffrey Dahmer cometeu cerca de 17 assassinatos de rapazes entre os anos de 1978 até 1991. 

A descoberta dos crimes e restos mortais das vítimas ocorreu em 1991, no condado de Milwaukee, nos Estados Unidos, em um apartamento onde o serial killer vivia.

Em decorrência dos seus crimes, todos de rapazes de ascendência contrastante com a do autor dos crimes, sendo latinos, negros e asiáticos com idades entre 14 e 33 anos, Dahmer acabou condenado a 15 sentenças de prisão perpétua.

Os crimes de Jeffrey ficaram muito conhecidos por ele drogar suas vítimas, estuprar, matar, esfolar seus corpos, acidificar seus ossos e guardar algumas partes de recordação (principalmente a cabeça).

Dahmer também teria ficado conhecido por ter cometido canibalismo de algumas de suas vítimas. 

Contudo, as diversas análises e constatações consideradas no processo de julgamento do norte-americano tentaram atribuir um motivo para a ausência de empatia e crueldade de Dahmer, sem sucesso. 

Pai de Jeffrey Dahmer acredita que vários eventos levaram o filho a ser um serial killer

O pai do assassino, no entanto, teve a oportunidade de clarear os fatos sobre a criação do filho e, desde cedo, identificava os sinais que o tornaria um dos homens mais temidos da história criminal estadunidense.

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Imagem: Mix de Séries

Em 1994, ano em que Jeffrey era assassinado dentro da prisão pelo detento Christopher Scarver, o pai, Lionel Dahmer, lançava nos EUA o livro ‘A Father’s Story’ (‘Uma história de pai’, em tradução livre), elucidando o que achava do comportamento do filho e as possíveis causas para os terríveis crimes. Naquele ano, ele concedia uma entrevista à ABC a respeito do lançamento.

Na obra, ele relata que uma citação de Jeffrey o chamou atenção para uma memória, escondida entre seus pensamentos.

“Eu acho que houve vários eventos em sua vida, começando com a operação de hérnia, sua preocupação em ter seu pênis sendo cortado, que ele expressou para sua mãe na época, eu nem sabia disso até o julgamento”.

Os sinais levantados por ele ao longo da juventude do filho não causaram problemas dentro de casa ou apresentaram anormalidade, por mais que Lionel acredite que os atos partiram de pensamentos acumulados por problemas de timidez e introversão, acrescentando que o garoto nunca sofreu com violência parental ou qualquer tipo de abuso psicológico ou sexual.

“Todas essas coisas chegaram a um final cumulativo e se enganchou, acredito firmemente que enganchou em sua sexualidade aos 14 ou 15 anos. Realmente não havia sinais evidentes. Ele não estava espumando pela boca, ou falando sozinho enquanto dormia, ou agindo de uma forma estranha”.

Por fim, ele aconselhou os pais a dedicar um tempo para ouvir os filhos, mesmo que “inocentemente tímidos”, para buscar extrair sua raiva e preocupação, enaltecendo que explicações são necessárias quando há sintomas de psicopatia.

“Não tenho muitas evidências científicas para isso, mas esta é uma mensagem que quero dar aos pais: sinto que se um jovem, especialmente um homem, chega à puberdade e guarda tudo dentro, engarrafa tudo dentro sem falar para colegas, amigos, familiares sobre qualquer coisa sobre seus medos, raiva, frustração, eu sinto que é muito possível que todos esses medos se misturem com seu despertar sexual, tanto que eles não entendem o que está acontecendo”.

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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