Alvará é falsificado pelo crime organizado para soltar ladrão de 734 kg de ouro
Segundo a Secretaria Estadual da Administração Penitenciária de São Paulo, a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau detectou um alvará de soltura falso para libertar o assaltante Marcelo Ferraz da Silva, mais conhecido como Capim, condenado a uma pena de 43 anos e três meses pelo roubo de 734 kg de ouro, avaliados em R$ 117,3 milhões, no aeroporto internacional de Guarulhos.
De acordo com as autoridades, o alvará falso chegou por meio de correio eletrônico no dia 28 de dezembro, e foi enviado por uma advogada que chegou a ligar na unidade prisional para se certificar do recebimento do documento.
Porém, os agentes penitenciários desconfiaram da veracidade do documento após perceberem que no alto da primeira página havia a sigla CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e ao lado a inscrição 1ª Vara Cível de Brasília, seguido do número do processo. Além de tratar-se de vara sem competência criminal, Capim havia sido condenado pela 6ª Vara Criminal de Guarulhos.
Os policiais penais então entraram em contato com a 1ª Vara Cível de Brasília, que respondeu não ter emitido o documento e que sequer tem competência criminal.
Polícia apura emissão de alvará falso
O mega-assalto que levou à prisão de Capim aconteceu em 25 de julho de 2019. Além dos 734 kg de ouro, os criminosos também levaram 15 kg de esmeraldas avaliadas à época em US$ 26.567 e 18 relógios Louis Vuitton com custo total de R$ 94.247. Além de Marcelo Ferraz, outros cinco réus foram condenados por envolvimento no crime.
Segundo a Secretaria Estadual da Administração Penitenciária, assim que foi constatada a falsidade do alvará de soltura, foi registrado um boletim de ocorrência na Delegacia Seccional de Presidente Venceslau e o Poder Judiciário foi notificado do fato. A polícia informou que está apurando quem foram os responsáveis pela falsificação do documento.
Fonte: UOL