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Anderson Torres nega ter sido conivente com ataques em Brasília

O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, repudiou na madrugada desta segunda-feira (9) os ataques às sedes dos três poderes e negou que foi conivente com os vândalos.

“Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos.”

No domingo, 8 de janeiro, as forças de segurança do DF, comandadas até então por Torres, não contiveram os terroristas que invadiram e depredaram o Congresso, o Palácio do Planalto e o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em resposta ao ataque e à atuação das forças de segurança, o presidente Lula (PT) decretou intervenção federal na área de segurança do Distrito Federal. 

Já o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), demitiu Torres do cargo de secretário.

Em publicação em rede social, Torres, que foi ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que os ataques de ontem foram “inimagináveis a todas as instâncias dos poderes da República” e afirmou que tratam-se de “um dos pontos mais tristes dos últimos anos da nossa história”.

Anderson Torres nega conivência com terroristas e chama atos antidemocráticos de ‘execrável episódio’.

“Em um caso de insanidade coletiva como esse, há que se buscar soluções coerentes com a importância da democracia brasileira.”

Confira abaixo pronunciamento de Anderson Torres

“PRONUNCIAMENTO

9 janeiro 2023

Ontem, oito de janeiro, eu vivi, sem sombra de dúvida, o dia mais amargo da minha vida pessoal e profissional.

No exterior, no segundo dia das férias há meses sonhadas pela minha família, fui surpreendido pelas lamentáveis cenas que aconteceram na Esplanada dos Ministérios na tarde de domingo.

Os ataques inimagináveis a todas as instâncias dos poderes da República brasileira foram um dos pontos mais tristes dos últimos anos da nossa história.

Repudio veementemente a covardia que assistimos neste domingo.

Tais atos são totalmente incompatíveis com todas as minhas crenças do que seja importante para o fortalecimento da política no Brasil.

As divergências político-ideológicas jamais podem ser usadas como combustível para agressões, de qualquer tipo.

Em um caso de insanidade coletiva como esse, há que se buscar soluções coerentes com a importância da democracia brasileira.

Sempre pautei minha vida pelo respeito às leis e às instituições, fosse atuando como policial, como secretário de segurança ou como ministro da justiça.

Nesse sentido, lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos.

Estou certo de que esse execrável episódio será totalmente esclarecido, e seus responsáveis exemplarmente punidos.”

Fonte: Migalhas

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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