Estudante de medicina é preso após induzir crianças a mandarem fotos em jogos online
Na última quarta-feira, 31 de agosto, um estudante de medicina, de 30 anos, foi preso, pela Polícia Civil do Distrito Federal, suspeito de induzir crianças a enviarem fotos e vídeos com conteúdo sexual pela internet.
De acordo com a Polícia Civil do DF, o homem é acusado pelo crime de estupro de vulnerável, além dos crimes previstos no ECA, ao filmar e distribuir o conteúdo pornográfico envolvendo menores de 18 anos.
Como o autor do crime induzia as crianças
O autor do crime fingia ter 15 anos de idade e conversava com crianças de 12 e 13 anos pela plataforma de um jogo online.
Na plataforma, ele aliciava os menores a enviar fotos nuas, ao mesmo tempo em que as crianças recebiam vídeos e fotografias pornográficas do suspeito.
Os investigadores afirmam que o homem usava a influência que tinha nos jogos online para convencer as crianças a trocar fotos e vídeos sexuais, com a promessa de colocá-las em posições de destaque e receber recompensas no jogo.
“Uma vez que conquistava a confiança das crianças, fornecia um número de WhatsApp, registrado em nome de terceiros, e passava a enviar e a receber tais vídeos”.
As investigações começaram em junho do ano passado, quando a mãe de uma das vítimas descobriu que o filho de 12 estava trocando mensagens de cunho sexual com o suspeito por meio de um jogo online.
Segundo a polícia, o homem agia no Distrito Federal, em Mato Grosso e em Minas Gerais, e suspeita-se que ele também tenha atuado na Bolívia, onde cursa a faculdade de medicina.
O estudante estava foragido e acabou encontrado em uma cidade de Mato Grosso, após mandado de busca e apreensão e prisão preventiva contra o suspeito.
As investigações revelaram que o homem usava diversas linhas telefônicas, todas registradas em nomes de outras pessoas. Alguns dos diálogos ocorreram na empresa em que o suspeito trabalhava. Ele também convidava menores para fazer sexo em uma casa abandonada em Barra do Garças, em Mato Grosso.
A polícia afirma que ele estudava medicina na Bolívia e retornou ao Brasil para realização de um procedimento médico.
Acusado de pelos crimes dos artigos 217-A do CP e 241-A do ECA
Segundo a PCDF, o acusado foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável, art. 217-A, do Código Penal, cuja pena varia de 8 a 15 anos de prisão e pela troca, disponibilização, transmissão e distribuição de fotografia, vídeo ou outro registro pornográfico, envolvendo criança ou adolescente, crime previsto no art. 241-A do ECA.
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.