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Líder de facção é absolvido e outros dois réus são condenados por assassinato de menina de 12 anos no RS

A Justiça condenou, nesta quinta-feira, 8 de novembro, dois homens pelo assassinato de Laisa Manganeli Remédios, de 12 anos. O crime aconteceu em 2016, em Porto Alegre. 

A menina teria sido morta por repassar informações sigilosas de uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas para um grupo rival. O corpo dela nunca foi encontrado.

Dois réus foram condenados pelo assassinato de menina de 12 anos

Douglas de Sá Gomes foi condenado a 37 anos e 9 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, com meio cruel e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. 

Já Gustavo da Luz Marques, foi condenado a uma pena privativa de liberdade de 26 anos e 6 meses pelos mesmos crimes.

As defesas dos dois condenados divulgaram que devem recorrer a uma instância superior da Justiça para tentar reverter a decisão.

Uma terceira pessoa também era acusada do crime, mas foi inocentada. José Dalvani Nunes Rodrigues era apontado como um dos líderes da organização criminosa que desconfiou de Laisa e ordenou a execução dela. 

Ele estava preso na época e teria dado a ordem de dentro da cadeia. Rodrigues está em uma casa prisional federal, onde cumpre pena pelo crime de tráfico de drogas.

Menina de 12 anos foi assassinada 

Segundo o Ministério Público (MP), responsável pela acusação, Laisa estaria na casa de um traficante, em setembro de 2016, quando teria sido flagrada conversando com integrantes de uma organização criminosa rival.

Sob suspeita de estar vazando informações sigilosas, Laisa teria sido levada até uma área de mata, no bairro Mario Quintana, onde foi aberta uma cova. No local, ela teria sido decapitada pelos criminosos e enterrada.

Douglas Gomes é apontado como o responsável por ter desferido golpes de machado para assassinar a menina. 

Um delator deu detalhes do assassinato à polícia, bem como sobre o funcionamento da organização criminosa e de outros crimes praticados por ela, como sequestros e homicídios. 

Ele foi morto em 2020, após deixar o programa de proteção a testemunhas.

Fonte: GZH

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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