Foragido da justiça por estupro no Piauí, ex-estudante de medicina é preso na Argentina
O ex-estudante de medicina condenado pelo crime de estupro de vulnerável praticado contra a irmã e uma prima foi preso na última terça-feira (17), na cidade de Mar del Plata, na Argentina. O homem de 33 anos foi condenado pela justiça de Teresina e estava foragido há mais de um ano.
Ex-estudante é condenado a 33 anos por estupro de vulnerável
Segundo os autos processuais, o homem foi condenado a uma pena de 33 anos e oito meses de prisão pelo crime de estupro de vulnerável contra a irmã de 9 anos e a prima de 12, e foi absolvido da acusação de estupro de vulnerável contra a outra irmã, de 3 anos.
As denúncias foram feitas pelas mães das vítimas à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), em Teresina, em setembro de 2021. De acordo com os relatos, as crianças revelaram os abusos que aconteceram durante jogos e brincadeiras que o réu fazia com as vítimas, principalmente dentro do seu quarto.
O estudante de medicina fazia faculdade em Manaus, mas depois das denúncias foi expulso e fugiu do país. Porém, chegou a mandar mensagem à madrasta e mãe de uma das vítimas, confessando o crime e pedindo perdão.
De acordo com a Polícia Civil, ao tomarem conhecimento de que ele havia fugido do país, incluíram o nome dele na Difusão Vermelha, um órgão que engloba mais de 190 polícias judiciárias.
“Quando chegou a informação do paradeiro dele em outro país, a gente representou pela inclusão dele na Difusão Vermelha, um órgão que engloba mais de 190 polícias judiciárias. Depois de o nome dele estar incluso, qualquer polícia membro da Interpol pode dar cumprimento ao mandado de prisão expedido contra um indivíduo”, explicou o delegado Yan Brayner.
A prisão do foragido foi realizada com apoio da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), do Corpo de Investigação Judicial (CIJ) do Ministério Público Fiscal de Buenos Aires e da Polícia Federal Argentina.
Agora, inicia-se o processo de extradição do acusado, e segundo o delegado do caso, a polícia federal deve realizar o translado nos próximos dias. O delegado informou ainda que ele está preso na Argentina e está incomunicável, mas que será oportunizado conversa com um advogado de defesa.
“Ele tinha uma vida tranquila na cidade de Buenos Aires, tinha até um trabalho, mas quando saiu a condenação, acredito que isso mexeu com o emocional dele, ele mudou pra uma nova cidade, Mar del Plata, que é onde ele foi preso. A Legislação da Argentina é um pouco diferente da nossa. Uma vez que ele é um preso internacional, ele já fica incomunicável. Falou apenas com o juiz e vai ser oportunizado que ele fale com a defesa técnica”, explicou o delegado Anchiêta Nery.
Fonte: G1