Novo júri de réus pelo assassinato de líder comunitário acontece hoje em Porto Alegre
Nesta segunda-feira, 5 de novembro, será retomado o julgamento pelo assassinato do líder comunitário Leandro Otenir Ribeiro Ribas, 43 anos. O Júri será realizado na 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, com início previsto para 9h30min.
A primeira etapa será um novo sorteio dos nomes dos sete jurados que vão integrar Conselho de Sentença.
Cinco testemunhas, uma indicada pela acusação e quatro pelas defesas, foram indicadas para serem ouvidas. Na sequência, serão interrogados os dois réus, que poderão apresentar suas versões dos fatos.
Os dois acusados pelo crime que serão julgados pelo Tribunal do Júri são Pedro Patrick da Silva, 23, e Paulo Silas dos Santos da Silva, 31. Segundo a acusação, eles seriam os autores do homicídio, que aconteceu há mais de quatro anos na Vila São Luís, no bairro São João, na zona norte da Capital.
O júri estava acontecendo no dia 16 de novembro deste ano e chegou até a parte dos debates, mas a defesa alegou que não teve acesso a um documento dos autos físicos e requereu que o julgamento fosse adiado, o que foi acatado pelo juízo.
Entenda como ocorreu a morte do líder comunitário em Porto Alegre
Em 28 de janeiro de 2018, Ribas foi assassinado a tiros após ter o veículo interceptado por criminosos. Os réus, conforme a denúncia apresentada pelo MP, integravam uma facção criminosa com berço no bairro Bom Jesus, na Capital. A área onde ocorreu o crime estaria, naquele período, sob domínio de outro grupo.
A companheira do líder comunitário relatou que eles estavam voltando para casa, naquela noite, quando o veículo em que estavam foi abordado por criminosos.
Segundo o que foi apurado pela polícia, logo depois de ter o carro abordado, o líder comunitário desceu do veículo. Ele teria se apresentado como “presidente do bairro”, o que teria gerado deboche por parte dos executores.
Na sequência, ele passou a ser agredido e, segundo a acusação, tentou escapar correndo, mas foi perseguido e morto a tiros.
A apuração concluiu que o líder comunitário foi assassinado no período em que o grupo vinha invadindo moradias naquela região. Na noite anterior ao homicídio, criminosos teriam expulsado moradores de suas casas naquela área, em busca de traficantes locais e também com intuito de tomar pontos de tráfico.
Além dos dois réus, outros dois homens chegaram a ser denunciados, no entanto, a Justiça entendeu que não havia provas suficientes da participação deles e, por isso, não foram encaminhados para julgamento popular.
Fonte: GZH