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Recurso de Daniel Alves é negado pela justiça espanhola, e jogador continuará preso

Daniel Alves seguirá preso até o fim das investigações do caso de agressão sexual pelo qual é acusado. 

A decisão da Audiência Provincial de Barcelona foi publicada nesta terça-feira (21), após julgar o recurso da defesa — e as oposições a ele. 

Com risco de fuga para o Brasil, juízes espanhóis negam recurso e mantêm Daniel Alves preso

No fim, pesou a alegação que o risco de fuga de Daniel Alves do território espanhol persiste, apesar das medidas cautelares que a defesa prometia adotar no recurso. Além disso, pesaram na decisão os muitos indícios de que o brasileiro cometeu o crime pelo qual é acusado, como vídeos da discoteca Sutton e testes de DNA. 

Na resolução publicada nesta terça-feira, os três integrantes da Sala 3 da Audiência Provincial de Barcelona afirmam que a prisão provisória é uma medida excepcional, que só pode ser aplicada em casos especiais. No documento de 13 páginas, a Sala considera que há “diversos indícios da criminalidade do senhor Daniel Alves, e eles não partem apenas das declarações da denunciante”. 

A decisão cita outras testemunhas -funcionários da discoteca, além de uma amiga e uma prima da mulher que acusa o jogador-, e diz ainda que foram analisados vídeos do local.

Os juízes da Sala 3 também destacam que, mesmo com todas as medidas cautelares propostas pela defesa, o risco de fuga da Espanha não poderia ser descartado. No documento, a Audiência afirma que Daniel Alves “só vai a Barcelona de férias” e não tem conexões suficientes com a cidade, já que “toda a família, com exceção da atual esposa, vive no Brasil”.

Além disso, Daniel teria como sua residência principal a do Brasil, uma série de negócios em território brasileiro e condições financeiras de alugar um avião para deixar a Espanha sem os controles tradicionais dos aeroportos.

Por todo o exposto, os juízes negaram o recurso da defesa do jogador.

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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