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Ex-governador do Rio, Sergio Cabral é liberado de prisão domiciliar pelo TRF-2

A Justiça Federal (TRF-2) revogou nesta quinta-feira, 9 de fevereiro, a última ordem de prisão domiciliar contra o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. 

Ele precisará usar tornozeleira eletrônica, mas está autorizado a sair do apartamento em Copacabana, onde cumpria a medida.

Sérgio Cabral é liberado de prisão domiciliar mas terá que usar tornozeleira

A decisão foi tomada pela 1.ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2), no Rio de Janeiro, na ação penal da Operação Calicute. Foi nesse processo que o ex-governador foi preso, em novembro de 2016, acusado de desviar recursos federais em obras públicas.

Por 4 votos a 3, os desembargadores decidiram liberar Sérgio Cabral, que terá o passaporte retido e precisará se apresentar mensalmente à Justiça.

A decisão que prevaleceu ressaltou que:

“Em razão do extenso lapso temporal em que tramita a presente ação penal, sem trânsito em julgado da condenação, afigura-se excessiva a manutenção da prisão cautelar, ainda que na modalidade domiciliar, na linha do entendimento do STF, em dezembro do ano passado, seguido pela 1ª turma Especializada do TRF-2, no dia 1º de janeiro.”

Acusado de liderar um esquema de propinas, o ex-governador do Rio já foi condenado a mais de 400 anos de prisão. Nenhuma delas transitou em julgado (quando não há mais possibilidade de recurso). 

Ele ficou preso por seis anos – de novembro de 2016 a dezembro do ano passado, quando foi para prisão domiciliar. 

Cabral foi o último político preso na esteira da Operação Lava Jato a deixar o regime fechado.

Fonte: Migalhas

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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